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Meredith Whitney defende bónus anuais para gestores

Os bancos e outras entidades financeiras não devem acabar com os bónus anuais porque os melhores colaboradores irão embora. É esta a opinião de Meredith Whitney, analista da Oppenheimer & Co. que ficou conhecida por dizer com grande antecipação que o Citigroup, no âmbito da actual crise, deveria reduzir o seu dividendo para preservar capital, o que acabou por acontecer.

04 de Fevereiro de 2009 às 13:51
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Os bancos e outras entidades financeiras não devem acabar com os bónus anuais porque os melhores colaboradores irão embora. É esta a opinião de Meredith Whitney, analista da Oppenheimer & Co. que ficou conhecida por dizer com grande antecipação que o Citigroup, no âmbito da actual crise, deveria reduzir o seu dividendo para preservar capital, o que acabou por acontecer.

“Ninguém vai para Wall Street para salvar o mundo”, afirmou a analista em entrevista à Bloomberg TV. “A compensação é o factor de motivação”, acrescentou.

De acordo com Meredith Whitney, o não-pagamento de bónus fará com que os melhores e mais inteligentes abandonem as empresas onde estão. Os bónus são necessários para reter talentos, defendeu.

A analista referiu, assim, que não considera uma boa ideia a imposição de limites aos salários dos executivos, conforme Obama anunciará hoje. O novo presidente norte-americano quer limitar a 500 mil dólares por ano os salários dos gestores das empresas que recebem ajuda estatal.

Entre outros assuntos abordados na entrevista esteve o Citigroup, que a analista diz que no futuro não existirá sob “a actual forma”. E apontou o dedo à generalidade do sector, dizendo que os modelos de negócio dos bancos ainda estão engrenados a um contexto de 2006.

Ainda sobre a banca, Whitney afirmou que o Morgan Stanley fez um “grande negócio” ao comprar uma participação maioritária no Smith Barney.

Whitney, que é vista como uma das “profetas da desgraça” pelas suas previsões tão certeiras nesta crise, adiantou também que “muito mais liquidez sairá do mercado”. E deixou um alerta: “a nacionalização é uma vida muito perigosa para se enveredar”.

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