Os mercados accionistas encerraram a semana em terreno positivo, com Madrid a liderar o pelotão da frente, numa semana em que o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a subida em cinquenta pontos base na sua taxa de juro directora. Contudo, as praças acabaram por recuperar e reagir bem, contribuindo também os dados positivos do emprego, anunciados hoje nos Estados Unidos, revelando tendências não inflacionistas e o consequente refrear de uma possível subida da taxa de juro, por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos (FED).

Deste modo, o IBEX fechou a semana a registar uma valorização de 1,17%, sendo mesmo a única praça a encerrar acima da barreira dos 1%. Londres e Frankfurt, não foram excepção, terminando ambas as praças com os seus índices a verificar apreciações de 0,4%. Por sua vez, Lisboa fechou a semana com o BVL30 a assinalar uma valorização de 0,32% para se fixar nos 4515 pontos, enquanto o PSI20 apresentou uma subida de 0,35%.

Da carteira de títulos que compõem o índice BVL30, o sector bancário fechou a semana a registar ganhos, levando a praça nacional a encerrar acima da «linha de água». O Banco Espírito Santo (BES), fechou a semana a liderar o sector bancário, registando um aumento de 2,08% fixando a sua cotação nos 25 euros (5.012 escudos). O Banco Mello verificou uma valorização de 1,69%, enquanto que o grupo BCP/Atlântico terminou a semana a assinalar subidas em ambas as instituições. Desta maneira o Banco Comercial Português (BCP) registou uma apreciação de 1,74%, enquanto que o Banco Português do Atlântico (BPA) com cerca de 1,8 milhões de títulos transaccionados hoje, encerrou a semana nos 3,7 euros (741 escudos), a que corresponde a uma valorização de 0,54%. A Brisa e a EDP também registaram subidas, com a eléctrica a fechar a semana nos 14,7 euros (2.947 escudos), que corresponde a uma valorização de 0,14%, enquanto que a concessionária de auto-estradas assinalou um aumento de 0,72%, para cotar nos 36,27 euros (7.271 escudos).

Do lado das perdas, a Jerónimo Martins voltou a liderar, numa semana em que foi fortemente penalizado pelos investidores devido aos seus resultados trimestrais. A distribuidora que nesta semana registou uma desvalorização de 29%, encerrou a sessão a verificar uma perda de 4,38% arrastando o seu preço para os 20,53 euros (4.115 escudos). Do grupo liderado por Belmiro de Azevedo, a Sonae Imobiliária assinalou uma baixa de 1,52% colocando o seu preço nos 13 euros (2.606 escudos).

Nas «small caps» o título que registou a maior valorização foi a Reditus, que com uma subida de 5,67% elevou o seu preço para os 2,61 euros (523 escudos). Pela negativa, esteve a Vista Alegre com cerca de 2,4 mil acções transaccionadas, colocou a sua cotação nos 11 euros (2.205 escudos), a que corresponde a uma desvalorização de 4,26%.