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Juros da dívida portuguesa acentuam subida

Taxa de juro das obrigações a 10 anos está a subir 12,2 pontos base, mantendo-se acima dos 7%, numa altura em que a especulação em tordo dos países periféricos se mantém. Prémio face à dívida alemã volta a aproximar-se dos 400 pontos base.

25 de Janeiro de 2011 às 15:58
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A “yield” dos juros portugueses a 10 anos acentuou mesmo a tendência de subida registada de manhã. Nem os dados sobre a execução orçamental de Espanha aliviaram a tensão.

Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos avançam 12,2 pontos base 7,056%, segundo as taxas de juro genéricas da Bloomberg.

Com os juros da Alemanha a descerem 1,1 pontos base na maturidade de 10 anos, o prémio de risco que os investidores exigem para deter a dívida portuguesa em vez da alemã expande-se para 391,7 pontos base.

Nas maturidades mais curtas o desempenho da dívida nacional é mais volátil. No prazo de cinco anos os juros sobem 25,3 pontos base para 6,318% e na maturidade de dois anos recuam 5,0 pontos base para 4,238%.

Em Espanha a evolução também é de subida, depois de ontem a ministra espanhola das Finanças ter apresentado os planos de reestruturação do sistema bancário espanhola. E de hoje o Executivo ter apresentado a execução orçamental de Dezembro.

Planos de reestruturação das “cajas” espanholas não acalmam os mercados

O aumento do prémio exigido para investir na dívida portuguesa em vez da alemã está a reflectir o agravamento dos receios para a dívida soberana dos países periféricos, depois de a ministra das Finanças espanhola ter falhado em acalmar os mercados com os seus planos de reestruturação do sector financeiro.

Elena Salgado diz que o sistema financeiro espanhol não necessita de mais do que 20 mil milhões de euros de capital, sendo que este capital pode ser angariado nos mercados financeiros no seu todo ou em parte.

Os juros das obrigações a 10 anos de Espanha sobem 8,6 pontos base para 5,323% e avançam 8,6 pontos base para 4,443% na maturidade de cinco anos. No prazo de dois anos, os juros sobem 9,4 pontos base para 3,296%.

“O Governo perdeu outra oportunidade de dar alguma luz sobre as reais necessidades reais de financiamento do sector ao mercado, deixando aos investidores um amplo espaço de interpretação, o que se pode revelar perigoso no actual contexto de receio da dívida soberana”, explicou o analista de banca do JP Morgan Cazenove, numa nota de investimento citada pela Bloomberg.

Já hoje, o Governo revelou que Espanha terá fechado o ano de 2010 com um défice do Estado equivalente a 5,07% do PIB, um valor que fica abaixo dos 5,9% previstos pelo Governo.

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