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Juros do crédito à habitação ultrapassam 3%. Estão em máximos de oito anos

A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação atingiu em novembro 3,08%, pelo segundo mês acima da média europeia. Os empréstimos à habitação foram os únicos que aumentaram em termos mensais.

A avaliação bancária tem vindo a aumentar significativamente, tendo atingido um novo máximo histórico em novembro. O número de avaliações diminui há seis meses consecutivos.
Alexandre Azevedo
04 de Janeiro de 2023 às 11:42
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A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação ultrapassou os 3% em novembro, atingindo assim 3,08%, o valor mais elevado desde janeiro de 2015 e mantendo-se pelo segundo mês consecutivo acima da média europeia. É o que indicam dados revelados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Em novembro, os bancos concederam 1.858 milhões de euros de novos empréstimos às famílias, mais 49 milhões do que em outubro. Desta fatia 1.266 milhões foram para crédito à habitação - o único que aumentou em termos mensais - 409 milhões para crédito ao consumo e 182 milhões de crédito para outros fins.

No caso de novos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média foi de 7,98%, reduzindo ligeiramente face a outubro em que foi de 8,06%.

Durante o mês, 80% dos montantes de novos empréstimos para habitação própria permanente foram concedidos a taxa variável, apenas 7% a taxa fixa e 13% a taxa mista, que combina as duas modalidades. Face a outubro, o peso dos contratos com taxa mista subiu 4 pontos percentuais e com taxa variável reduziu.

O diferencial entre as duas taxas diminuiu em novembro, passando de 1,3 pontos percentuais de 1,5 em outubro.

A Euribor a seis meses continua a ser o principal indexante dos novos empréstimos, à semelhança do que aconteceu em outubro, representando, ainda assim, um aumento de 7 pontos percentuais.



Do montante de "stock" de empréstimos a taxa variável 22% estava, em novembro, indexado à Euribor a três meses, 32% à Euribor a seis meses e 43% à Euribor a 12 meses.

Dos contratos de crédito para habitação própria permanente em vigor no final de novembro, isto com taxa variável e indexados às Euribor a 3,6 e 12 meses, mais de metade (54%) terão a taxa revista até fevereiro de 2023. Para 31% dos contratos a revisão vai ser feita entre março e maio, sendo que os restantes 15%, indexados à Euribor a 12 meses, vão ser apenas atualizados entre junho e novembro.

Relativamente aos depósitos a prazo das famílias, o montante foi de 4.871 milhões concedidos em novembro, a remuneração foi feita a uma taxa de juro média de 0,35%, a mais elevada desde dezembro de 2016. Em outubro tinha sido de 0,24%.

No caso dos novos depósitos, 88% foram aplicados a prazo até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,31%.

Nas empresas, o valor dos empréstimos concedidos aumentou em 219 milhões em novembro, relativamente a outubro, fixando-se em 1.669 milhões de euros. A taxa de juro média voltou a aumentar e foi de 4,01%, face a 3,72% em outubro.

Já os novos depósitos a prazo, também nas empresas, totalizaram 4.432 milhões de euros, dos quais 4.348 milhões com prazo até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,77%.
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