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Juros do crédito à habitação em máximos de quase oito anos

A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação atingiu em outubro 2,86%, a maior subida mensal desde o início da série em 2003. Já nos empréstimos para habitação própria permanente a taxa fixa, o juro médio subiu para 4,1% no mesmo período.

Governo assegura que proprietários não serão prejudicados.
João Cortesão
02 de Dezembro de 2022 às 12:00
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A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação atingiu em outubro 2,86%, o valor mais elevado desde janeiro de 2015 e a maior subida mensal desde o início da série em 2003. É o que indicam dados revelados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

Em outubro, os bancos concederam 1.798 milhões de euros de novos empréstimos às famílias, menos 211 milhões do que em setembro. Desta fatia 1.197 milhões foram para crédito à habitação, 412 milhões para crédito ao consumo e 189 milhões de crédito para outros fins.

No caso de novos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média foi de 8,06%.

Nos empréstimos, a taxa de juro média de novos contratos com taxa variável para habitação própria permanente ascendeu a 2,6% entre dezembro de 2021 e outubro de 2022. Já nos empréstimos a taxa fixa, o juro médio subiu de 2,1% para 4,1% no mesmo período.

Durante o mês, 83% dos montantes de novos empréstimos para habitação própria permanente foram concedidos a taxa variável, apenas 7% a taxa fixa e 9% a taxa mista, que combina as duas modalidades. A Euribor a seis meses continua a ser o principal indexante, à semelhança do que aconteceu em setembro.

A prestação média mensal de habitação própria permanente era de 315 euros, superior em 36 euros ao valor registado no final de 2021. Em outubro, 80% dos contratos tinham uma prestação entre 113 euros e 515 euros. A prestação mediana era de 265 euros.

Relativamente aos depósitos, do montante de 4.726 milhões concedidos em outubro, a remuneração foi feita a uma taxa de juro média de 0,24%, a mais elevada desde novembro de 2017 e a maior subida mensal desde fevereiro de 2012. Em setembro tinha sido de 0,05%.

Nas empresas, o valor dos empréstimos concedidos reduziu-se em 395 milhões em outubro, relativamente a setembro, fixando-se em 1.432 milhões de euros. A taxa de juro média voltou a aumentar e foi de 3,72%, face a 3,03% em setembro.

Já os novos depósitos a prazo, também nas empresas, totalizaram 3.233 milhões de euros, dos quais 3.026 milhões com prazo até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,44%.
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