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Juros da dívida aliviam após tocarem máximos de 11 meses

Juros portugueses aliviaram depois de terem chegado perto de 4%. Agravamento dos indicadores do custo de financiamento dos Estados foi generalizado na Zona Euro e também se observou do outro lado do Atlântico. Mercados estarão a digerir decisões do BCE e subida da cotação do crude.

Miguel Baltazar
12 de Dezembro de 2016 às 17:05
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As taxas de rendibilidade dos títulos de dívida pública dos países do euro sofreram um agravamento generalizado ao longo desta segunda-feira, 12 de Dezembro, mas acabaram por aliviar ao fim do dia depois de, no caso de Portugal, terem tocado em máximos de quase um ano.

 

No rescaldo dos anúncios feitos pelo BCE na semana passada, as "yields" associadas às obrigações portuguesas a 10 anos chegaram atingir 3,957% - o valor mais alto desde Fevereiro – tendo depois aliviado para 3,840%, 0,7 pontos base abaixo do valor de fecho da semana passada.

 

O BCE manteve a limitação de não comprar mais de 33% da dívida de um emitente ou de uma das suas linhas de obrigações. Segundo os analistas, está agora mais perto de atingir os limites de compras de dívida portuguesa, havendo estimativas que apontam que as compras mensais possam cair para mais de metade do valor actual, que é já bem mais baixo do que na primeira metade do ano.

Na vizinha Espanha, os juros das obrigações a dez anos também cederam no fim do dia, recuando 0,8 pontos para 1,506%, depois de terem tocado em 1,606%.

 

Movimento idêntico observou-se nos títulos soberanos emitidos pela Irlanda e por Itália, onde decorrem negociações para a formação de um novo governo e subsistem dúvidas sobre os planos de recapitalização do banco Monte dei Paschi. Em ambos os casos, porém, o alívio das "yields" não foi suficiente para as repor nos valores de fecho da semana passada, tendo as taxas irlandesas associadas aos títulos a dez anos ficado em 1% (agravamento em 1,3 pontos base) e as italianas em 2,006% (subida de 3,3 pontos).

 

O agravamento destes indicadores do custo de financiamento dos Estados a longo prazo foi generalizado na Zona Euro, afectando igualmente Alemanha e França, onde subiram 4,4 pontos base para 0,409% e 6,8 pontos para 0,881%, respectivamente.

Do outro lado do Atlântico, as "yields" associadas aos títulos do Tesouro norte-americano sofreram igualmente um agravamento, tendo as taxas de rentabilidade das obrigações a dez anos ultrapassado a fasquia de 2,5%, o que sucede pela primeira vez desde Outubro de 2014. Analistas citados pela agência Bloomberg atribuem esta subida à da cotação do petróleo e à expectativa de que esta acelere a taxa de inflação.

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