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Investimento em certificados de aforro cai 123 milhões no primeiro mês sem prémio
Apesar dos resgates nos CA, o Estado colocou 287 milhões de euros em certificados de poupança destinados ao retalho.
Os portugueses retiraram 123 milhões de euros dos Certificados de Aforro (CA), em Janeiro. Este desinvestimento coincide com o primeiro mês em que estes instrumentos negoceiam sem direito ao prémio provisório aplicado nas séries B e C, que terminou no final do ano. Já os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) continuam a recolher interesse, tendo captado 410 milhões de euros.
Os certificados de poupança comercializados pelo Estado junto do retalho, CA e CTPM, terminaram, assim, o primeiro mês do ano com um saldo positivo de 287 milhões de euros, segundo os dados divulgados esta terça-feira, 21 de Fevereiro, no Boletim Estatístico do Banco de Portugal.
Os certificados de aforro contavam, no final de Janeiro, com um "stock" de 12.799 milhões de euros, abaixo dos 12.922 milhões registados no final do ano. Já os CTPM recolhiam 11.691 milhões de euros, mais 410 milhões de euros que no final de Dezembro.
Tal como já era expectável, o fim do prémio provisório dos Certificados de Aforro da série B e C está a levar a um desinvestimento nestes produtos. O prémio dos certificados de aforro da Serie B e da Serie C, criado em 2012, terminou a 31 de Dezembro de 2016. Ainda assim, os produtos que tenham a data de capitalização até 31 de Março ainda irão beneficiar desse bónus, conforme determinam as regras.
Esta evolução vai ao encontro às estimativas do Governo, que no Orçamento do Estado para 2017, já apontava para resgates significativos neste tipo de produtos, que deverão ser compensados com a subscrição de Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM). Ao longo de 2017, o Governo antecipa resgates líquidos de subscrições no valor de 2.000 milhões de euros em CA.