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Investidores podem revogar ordens até último dia da emissão do Benfica
O prospeto da oferta de obrigações indicava 16 de julho como prazo limite para modificar as ordens de subscrição. Mas hoje, o clube da Luz anunciaram que esse prazo ia ser alargado por mais sete dias, até ao último dia da oferta.
"Tendo em consideração os desenvolvimentos dos últimos dias, a Benfica SAD, em articulação com o Banco Organizador e Coordenador Global e os Bancos Colocadores da referida oferta pública, tomou a decisão de estender o período de revogação de ordens até ao último dia da oferta (inclusive), ou seja, 23 de julho de 2021", pode ler-se na nota.
A sociedade anónima desportiva (SAD) das "águias" poderia elevar o montante da oferta de subscrição de obrigações com maturidade de três anos e taxa de juro anual de 4% desde que publicasse uma adenda ao prospeto da operação até 13 de julho.
Para uma oferta de 35 milhões de euros, o encaixe líquido estimado pela SAD do clube da Luz é de "cerca de 33,5 milhões de euros". Dado que a operação se destina, em primeiro lugar, a repor nos fundos próprios o valor do reembolso da emissão que finda a 16 de julho próximo, sobram 13,5 milhões.
A emissão a reembolsar no decurso da atual oferta foi feita em 2018 e totalizava 45 milhões de euros. Contudo, na operação realizada em maio de 2019, a SAD "encarnada" fez, em simultâneo, uma oferta pública de troca (OPT), que levou ao reembolso antecipado de 25,02 milhões de euros. Assim, a 16 de julho terão de ser saldados 19,98 milhões de euros.
Contas feitas, desde a oferta realizada em março e abril de 2007 que o Benfica não fazia uma emissão com um montante tão baixo. Então, a SAD "encarnada" foi ao mercado angariar 20 milhões de euros.
Desde essa data, as ofertas realizadas atingiram 40 milhões, em 2010, 45 milhões, em 2013, 45 milhões em 2015, 50 milhões em 2016, um valor recorde de 60 milhões em 2017, seguindo-se emissões de 45, 40 e 50 milhões em 2018, 2019 e 2020, respetivamente.