Notícia
Greenvolt ultrapassa os 5 euros. CaixaBank e BNP antecipam subida de 13%
CaixaBank/BPI iniciou a cobertura de research da Greenvolt com uma recomendação neutral e um preço-alvo nos 5,50 euros por ação.
A Greenvolt está a negociar acima dos 5 euros por ação pela primeira vez desde a estreia na bolsa de Lisboa. Os títulos da energética liderada por João Manso Neto estão a reagir ao início da cobertura de research pelos analistas do CaixaBank/BPI e também pelos do BNP Paribas, que apontam para que as ações atinjam, nos próximos meses, os 5,50 e 5,60 euros, respetivamente.
"O preço do IPO foi de 4,25 euros por ação e a ação subiu 15% desde então, contra um ganho de 7% das pares ibéricas. A Greenvolt tem uma experiente equipa de gestão, associada a uma abordagem multipla a tecnologias e geografias, o que aumenta a crebilidade do plano de crescimento. Iniciámos a cobertura da Greenvolt com uma recomendação neutral", explica a nota assinada por Flora Trindade e Bruno Bessa, que foi enviada esta segunda-feira aos clientes.
Tendo em conta o preço de fecho das ações, nos 4,86 euros, os preços-alvo dão um potencial de valorização em torno dos 13%. Após a divulgação do início de cobertura pelos dois bancos, a Greenvolt avança mais de 2% em bolsa para 5,06 euros por ação, no valor mais alto desde a estreia, a 15 de julho. A capitalização de mercado ultrapassou os 600 milhões de euros.
"Consideramos que a Greenvolt tem uma história atrativa de crescimento conduzida por 1) consolidação da biomassa europeia e do desenvolvimento das melhores práticas para as estruturas existentes e 2) expansão dos seus projetos solares e do negócio eólico onshore nomeadamente através da aquisição da VRidium", consideram os analistas do BNP Paribas.
Ainda como terceiro fator de apoio ao crescimento da empresa especializada em biomassa está a possibilidade de rotação de ativos que poderá "cristalizar" valor numa fase inicial do projeto. "Existem certamente oportuniddes de crescimento na energia descentralizada que, mas neste momento não são suficientemente tangíveis para se concretizarem nas nossas projeções", referem.
Energética deverá reforçar dívida para expandir
A Greenvolt está a prever investir entre 1,5 mil milhões e 1,8 mil milhões de euros em capex nos próximos cinco anos (incluindo aquisições). Excluindo compras, o BNP Paribas antecipa que mil milhões vão para investimento levando a dívida líquida para 2,1 vezes o EBITDA em 2025. Já o CaixaBank / BPI espera que o EBITDA cresça nos próximos anos para 49 milhões de euros em 2021 (contra 33 milhões em 2020) até atingir os 123 milhões de euros em 2024.
Os analistas do banco espanhol identificam, no entanto, três principais riscos associados à Greenvolt. O primeiro está relacionado com taxas de juro e riscos de financiamento. "A inflação e as preocupações com potenciais subidas das taxas de juro podem comprometer as metas de retorno. Adicionalmente, conseguir financiamento para os projetos é crítico para atingir os objetivos", dizem, apontando para a gestão do financiamento junto da banca comercial, investidores institucionais e/ ou bancos de desenvolvimento.
A entrega e execução é outro dos riscos identificados devido à possibilidade de atrasos nas licenças ou execução dos projetos, que possam comprometer os calendários previstos. Por último, "apesar de a Greenvolt não pretender ter exposição a preços comerciais, preços regulados potencialmente mais baixos no futuro e a capacidade de encontrar parceiros para fechar PPA aos preços pretendidos é um risco potencial", sublinham.
(Notícia em atualização)
"O preço do IPO foi de 4,25 euros por ação e a ação subiu 15% desde então, contra um ganho de 7% das pares ibéricas. A Greenvolt tem uma experiente equipa de gestão, associada a uma abordagem multipla a tecnologias e geografias, o que aumenta a crebilidade do plano de crescimento. Iniciámos a cobertura da Greenvolt com uma recomendação neutral", explica a nota assinada por Flora Trindade e Bruno Bessa, que foi enviada esta segunda-feira aos clientes.
"Consideramos que a Greenvolt tem uma história atrativa de crescimento conduzida por 1) consolidação da biomassa europeia e do desenvolvimento das melhores práticas para as estruturas existentes e 2) expansão dos seus projetos solares e do negócio eólico onshore nomeadamente através da aquisição da VRidium", consideram os analistas do BNP Paribas.
Ainda como terceiro fator de apoio ao crescimento da empresa especializada em biomassa está a possibilidade de rotação de ativos que poderá "cristalizar" valor numa fase inicial do projeto. "Existem certamente oportuniddes de crescimento na energia descentralizada que, mas neste momento não são suficientemente tangíveis para se concretizarem nas nossas projeções", referem.
Energética deverá reforçar dívida para expandir
A Greenvolt está a prever investir entre 1,5 mil milhões e 1,8 mil milhões de euros em capex nos próximos cinco anos (incluindo aquisições). Excluindo compras, o BNP Paribas antecipa que mil milhões vão para investimento levando a dívida líquida para 2,1 vezes o EBITDA em 2025. Já o CaixaBank / BPI espera que o EBITDA cresça nos próximos anos para 49 milhões de euros em 2021 (contra 33 milhões em 2020) até atingir os 123 milhões de euros em 2024.
Os analistas do banco espanhol identificam, no entanto, três principais riscos associados à Greenvolt. O primeiro está relacionado com taxas de juro e riscos de financiamento. "A inflação e as preocupações com potenciais subidas das taxas de juro podem comprometer as metas de retorno. Adicionalmente, conseguir financiamento para os projetos é crítico para atingir os objetivos", dizem, apontando para a gestão do financiamento junto da banca comercial, investidores institucionais e/ ou bancos de desenvolvimento.
A entrega e execução é outro dos riscos identificados devido à possibilidade de atrasos nas licenças ou execução dos projetos, que possam comprometer os calendários previstos. Por último, "apesar de a Greenvolt não pretender ter exposição a preços comerciais, preços regulados potencialmente mais baixos no futuro e a capacidade de encontrar parceiros para fechar PPA aos preços pretendidos é um risco potencial", sublinham.
(Notícia em atualização)