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Goldman Sachs: Libra pode perder um quinto do valor com "Brexit"
A queda súbita de capitais estrangeiros que se seguiria a uma eventual saída de Londres da União Europeia precipitaria a libra para uma depreciação de entre 15 e 20%, considera o banco norte-americano.
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Uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia pode significar uma perda de até 20% do valor da libra esterlina nos mercados. A estimativa é do banco norte-americano Goldman Sachs, que avisa para as consequências negativas do "Brexit" na economia do país e na confiança dos investidores.
"Uma interrupção total e abrupta das entradas de capital em resposta ao ‘Brexit’ levaria a uma queda [da libra] de 15 a 20%", defendem analistas do banco numa nota enviada a clientes citada pela CNN.
"Sou muito favorável à manutenção do Reino Unido na União Europeia, seria uma grande perda [se saísse], mas dado o facto de o Reino Unido não ser um membro na zona euro... Não vejo um impacto no euro, na zona euro", afirmou Regling na conferência do Fórum Financeiro Belga.
Pelo contrário, antecipa um impacto negativo na economia britânica, cujos investidores pretendem um acesso ao mercado único a partir de Londres.
Às 13:37, o valor da libra seguia a depreciar 0,36% para 1,45 dólares.
O Reino Unido foi confrontado esta semana com as propostas do Conselho Europeu para renegociar o papel de Londres na União Europeia (UE), apresentadas depois das críticas britânicas ao funcionamento da comunidade dos 28 e da ameaça de marcação de um referendo para decidir a manutenção do país na UE.
A lista procura assegurar alterações específicas - em matérias de emprego e benefícios sociais de imigrantes, travão a decisões legislativas comunitárias, soberania monetária e financeira e níveis de integração política - que vão ao encontro das exigências do governo britânico para permanecer na União Europeia.
Uma sondagem divulgada ao final desta quinta-feira pelo Times/YouGov aponta para que 56% dos britânicos sejam favoráveis a um "Brexit", contra 44% que defendem a manutenção do país no espaço dos 28, estando excluída a percentagem dos que não quiseram ou não souberam responder.
As propostas do Conselho terão agora de ser apreciadas e debatidas, sendo objectivo das autoridades comunitárias aprová-las a 18 e 19 de Fevereiro. O Reino Unido deverá entretanto marcar o referendo à permanência da União para antes do verão.
