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Goldman Sachs vê ouro nos 1.800 dólares como "refúgio de último recurso"
O Goldman Sachs aumentou as suas estimativas para a cotação do ouro para os 1.800 dólares por onça, numa altura em que o coronavírus, juros reais muito baixos e um maior foco nas eleições dos Estados Unidos continuam a impulsionar a procura pelo metal como ativo de refúgio.
O banco aumentou a sua estimativa de 12 meses em 200 dólares e disse que "no caso de o efeito do vírus se estender para o segundo trimestre, poderemos ver o ouro acima dos 1.800 dólares por onça já daqui a três meses".
O metal amarelo, que já sobe mais de 7% este ano, chegou a negociar nos 1.689,31 dólares por onça esta semana.
O ouro está assim próximo de máximos de sete anos, impulsionado por um número crescente de casos de coronavírus em todo o mundo que ameaçam reduzir a atividade económica global.
O metal superou o desempenho de moedas tidas como ativos seguros tradicionais, como o iene e o franco suíço, e consideradas "refúgio de último recurso", disse Mikhail Sprogis, analista do Goldman Sachs.
O banco antecipa que as cotações subam para 1.700 dólares por onça em três meses e para 1.750 dólares em seis meses. A previsão anterior era de 1.600 dólares para os dois períodos.
A par do ouro, o Goldman também reviu em alta as projeções para a prata.