Notícia
Gestoras portuguesas lançaram 40 fundos imobiliários num ano
O fraco crescimento do mercado imobiliário português contrasta com o número de fundos que têm vindo a ser lançados pelas gestoras portuguesas.
De acordo com os dados estatísticos divulgados ontem pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, existiam no fim de Agosto 114 fundos imobiliários registados, mais 40 que no mesmo mês do ano passado. Destes, 33 já surgiram este ano. Só em Agosto surgiram quatro novos fundos. Dois deles são fundos especiais de investimento imobiliário fechados, o Homeinvest, gerido pela Millennium bcp, e o Imopopular, gerido pela Predifundos. Foram também constituídos dois fundos de investimento imobiliário fechados: o Viriatus, gerido pela Fund Box, e o Quinta da Ribeira, gerido pela GEF.
O valor sob gestão tem também vindo a crescer, embora a um ritmo inferior. Em Agosto, o montante sob gestão na carteira dos fundos era de 8,816 mil milhões de euros, mais 13,26% que no mesmo mês do ano passado e mais 9% que no início do ano. Isto apesar de uma queda de 0,3% em Agosto.
Ainda assim, o crescimento do número de fundos não tem sido acompanhado por uma grande entrada de dinheiro da parte dos investidores. Nos últimos 12 meses, a capitalização média dos fundos caiu dos 105,2 milhões de euros para os 77,3 milhões, o que indicia que o capital dos novos fundos será reduzido, diluindo a capitalização média.
As rendibilidades dos fundos imobiliários tem vindo a cair nos últimos anos. A rendibilidade média a 12 meses no fim de Agosto era de 4,292% nos fundos abertos de rendimento, e de 3,59% nos fundos abertos de acumulação. A dois anos, a rendibilidade média era de 4,474% nos fundos abertos de rendimento e de 3,75% nos fundos abertos de acumulação.
A ESAF, a sociedade gestora de fundos do BES, continua a ser a líder no mercado nacional, com uma quota de 16,1%. Segue-se a Fundimo com 12,6%, e o BPN Imofundos com 12,4%. Em quarto lugar, surge o Millennium BCP, que desde o início do ano tem vindo a ganhar terreno aos concorrentes, ao subir dos 8,1% para os 10,5% de quota.