Notícia
GameStop: Parlamento Europeu discute proteção e educação do pequeno investidor
No final da audição promovida pela comissão parlamentar de Economia e Assuntos Monetários do Parlamento Europeu apontaram-se duas conclusões fundamentais: aumentar a proteção dos pequenos investidores nas bolsas de valores e reforçar a educação financeira para reduzir os riscos nas operações que venham a fazer.
23 de Fevereiro de 2021 às 23:59
O caso GameStop chegou esta terça-feira ao Parlamento Europeu, que ouviu dirigentes sobre a regulação do mercado de capitais e a proteção dos pequenos investidores e discutiu mais controlo e educação financeira.
Em janeiro houve muita turbulência em Wall Street, quando milhares de pequenos investidores apostaram nas ações da GameStop, uma cadeia de lojas de videojogos, e provocaram fortes perdas a fundos de investimento especulativo, que tinham apostado em vendas a descoberto ('short'-selling') deste título.
No final da audição promovida pela comissão parlamentar de Economia e Assuntos Monetários do Parlamento Europeu apontaram-se duas conclusões fundamentais: aumentar a proteção dos pequenos investidores nas bolsas de valores e reforçar a educação financeira para reduzir os riscos nas operações que venham a fazer.
O presidente da Autoridade Europeia de Valores e Mercados, Steven Maijoor, defendeu a importância da educação, em especial considerando o uso cada vez maior das novas tecnologias por parte dos pequenos investidores para realizar operações financeiras.
Por seu lado, o diretor de Mercados Financeiros da Direção-Geral de Estabilidade Financeira, Serviços Financeiros e União dos Mercados de Capitais da Comissão Europeia, Ugo Bassi, afirmou que se está a avaliar a viabilidade de estabelecer normas que obriguem os Estados membros a fomentar a aprendizagem de dados financeiros básicos.
"É desejável que as famílias percebam melhor os mecanismos de mercado, porque assim podem gerir melhor as suas finanças pessoais", acrescentou Maijoor, que considerou a regulação e a educação como a melhor solução para os abusos de mercado.
Nos eurodeputados, a propósito da regulação das atividades financeiras, o porta-voz dos socialistas, o finlandês Heinaluoma Eero, admitiu a revisão da legislação para a adaptar à nova realidade, em que os pequenos investidores têm mis facilidade de aceder aos mercados, graças às aplicações, as ditas apps.
O 'popular' Markus Ferber advertiu para o risco de ver os investimentos bolsistas como um jogo: "Qualquer um pode registar-se facilmente e entrar no negócio das ações como se fosse um jogo".
O porta-voz do Renew Europe, Luis Garicano, eleito pelos Ciudadanos, aconselhou evitar "o excesso de transparência" nas vendas a descoberto, para, na sua opinião, evitar o estrangulamento do mercado bolsista. "Há que procurar o equilíbrio adequado entre a transparência e o excesso desta", acrescentou Bassi.
Já o português José Gusmão, porta-voz do Grupo da Esquerda, lamentou que a audição "não tivesse chegado mais longe" e não se tivesse avançado na definição de normas concretas para proteger os mercados financeiros de atividades que possam ameaçar as economias da União Europeia.
Em janeiro houve muita turbulência em Wall Street, quando milhares de pequenos investidores apostaram nas ações da GameStop, uma cadeia de lojas de videojogos, e provocaram fortes perdas a fundos de investimento especulativo, que tinham apostado em vendas a descoberto ('short'-selling') deste título.
O presidente da Autoridade Europeia de Valores e Mercados, Steven Maijoor, defendeu a importância da educação, em especial considerando o uso cada vez maior das novas tecnologias por parte dos pequenos investidores para realizar operações financeiras.
Por seu lado, o diretor de Mercados Financeiros da Direção-Geral de Estabilidade Financeira, Serviços Financeiros e União dos Mercados de Capitais da Comissão Europeia, Ugo Bassi, afirmou que se está a avaliar a viabilidade de estabelecer normas que obriguem os Estados membros a fomentar a aprendizagem de dados financeiros básicos.
"É desejável que as famílias percebam melhor os mecanismos de mercado, porque assim podem gerir melhor as suas finanças pessoais", acrescentou Maijoor, que considerou a regulação e a educação como a melhor solução para os abusos de mercado.
Nos eurodeputados, a propósito da regulação das atividades financeiras, o porta-voz dos socialistas, o finlandês Heinaluoma Eero, admitiu a revisão da legislação para a adaptar à nova realidade, em que os pequenos investidores têm mis facilidade de aceder aos mercados, graças às aplicações, as ditas apps.
O 'popular' Markus Ferber advertiu para o risco de ver os investimentos bolsistas como um jogo: "Qualquer um pode registar-se facilmente e entrar no negócio das ações como se fosse um jogo".
O porta-voz do Renew Europe, Luis Garicano, eleito pelos Ciudadanos, aconselhou evitar "o excesso de transparência" nas vendas a descoberto, para, na sua opinião, evitar o estrangulamento do mercado bolsista. "Há que procurar o equilíbrio adequado entre a transparência e o excesso desta", acrescentou Bassi.
Já o português José Gusmão, porta-voz do Grupo da Esquerda, lamentou que a audição "não tivesse chegado mais longe" e não se tivesse avançado na definição de normas concretas para proteger os mercados financeiros de atividades que possam ameaçar as economias da União Europeia.