Notícia
Fundos imobiliários ainda são um bom investimento?
Rentabilidade dos fundos de investimento têm vindo a cair nos últimos anos. A descida das avaliações dos imóveis deverá continuar a pressionar o sector. Activos com maior liquidez e exposição a economias emergentes poderão ser uma alternativa para as poupanças.
Os fundos imobiliários continuam a apresentar retornos positivos. Mas a rentabilidade destes instrumentos tem vindo a cair de forma acentuada, tendo sido no ano passado quase metade da registada em 2008. A descida do valor dos imóveis, associada à falta de financiamento, deverá continuar a pressionar o desempenho destes fundos.
De acordo com dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), os fundos imobiliários registaram no último ano uma rendibilidade média de 2,4%. Um retorno positivo, que compara com os ganhos de mais de 4% oferecidos aos investidores em 2007 e 2008, mas que escapa à forte descida das avaliações dos imóveis.
Nuno Serafim, responsável para a Península Ibérica da IG Markets, lembra que a rentabilidade destes produtos está dependente, na maior parte dos casos, da vertente do rendimento. Ou seja, "rendas recebidas pela alocação do imóvel". Ainda assim, "não deixa de causar estranheza que a reavaliação do activos imobiliários não tenha implicado uma desvalorização relevante dos mesmos".
O valor médio de avaliação bancária de habitação, revelado no início da semana pelo Instituto Nacional de Estatística, desceu para 1.063 euros por metro quadrado, em Janeiro. Assistiu-se a uma diminuição de 0,9%, face ao mês anterior, sendo que este foi o nono mês consecutivo de descida dos preços dos imóveis.
A justificação para esta discrepância poderá ser explicada, na perspectiva de Nuno Serafim, por "métodos de avaliação não são apropriados a períodos de ajustamento em baixa dos preços ou os activos não foram reavaliados recentemente de acordo com práticas prudenciais".
Serralha Ferreira, administrador da Silvip, que gere o fundo VIP, um dos melhores da categoria com uma rentabilidade de 3,05% a 12 meses segundo a APFIPP, explicou que, face às desvalorizações que o sector imobiliário tem vindo a registar nos últimos anos, "situações há em que houve necessidade de registar menos-valias, face às reavaliações efectuadas", o que justifica a queda das rendibilidades.
O administrador da Silvip reconhece que "nas actuais condições adversas da economia e do mercado imobiliário, essas mais-valias potenciais [no valor das unidades de participação] estão mais reduzidas ou, em alguns casos, esgotadas". No entanto, alerta que os investidores têm noção de que não se trata de um produto com liquidez imediata.
Em termos de oportunidades, o responsável adianta que "a situação de liquidez e de obtenção de financiamentos impede, de momento, a realização de novos investimentos". De modo que, "os investimentos pontuais visam apenas a manutenção, modernização e adaptação do património imobiliário às novas exigências do mercado".
Estes fundos investem na compra e venda de imóveis, arrendamento e outros tipos de exploração dos espaços. Pelo que, o valor das unidades de participação do fundo depende não só da rendibilidade dos investimentos, mas também das avaliações dos próprios imóveis.
Perante a actual conjuntura económica, Nuno Serafim acredita que os fundos imobiliários não são uma alternativa válida. "A nossa preferência vai claramente para outras classes de activos, com maior liquidez e que permitam exposição a economias emergentes", defende o especialista em declarações ao Negócios.
De acordo com dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), os fundos imobiliários registaram no último ano uma rendibilidade média de 2,4%. Um retorno positivo, que compara com os ganhos de mais de 4% oferecidos aos investidores em 2007 e 2008, mas que escapa à forte descida das avaliações dos imóveis.
O valor médio de avaliação bancária de habitação, revelado no início da semana pelo Instituto Nacional de Estatística, desceu para 1.063 euros por metro quadrado, em Janeiro. Assistiu-se a uma diminuição de 0,9%, face ao mês anterior, sendo que este foi o nono mês consecutivo de descida dos preços dos imóveis.
A justificação para esta discrepância poderá ser explicada, na perspectiva de Nuno Serafim, por "métodos de avaliação não são apropriados a períodos de ajustamento em baixa dos preços ou os activos não foram reavaliados recentemente de acordo com práticas prudenciais".
Serralha Ferreira, administrador da Silvip, que gere o fundo VIP, um dos melhores da categoria com uma rentabilidade de 3,05% a 12 meses segundo a APFIPP, explicou que, face às desvalorizações que o sector imobiliário tem vindo a registar nos últimos anos, "situações há em que houve necessidade de registar menos-valias, face às reavaliações efectuadas", o que justifica a queda das rendibilidades.
O administrador da Silvip reconhece que "nas actuais condições adversas da economia e do mercado imobiliário, essas mais-valias potenciais [no valor das unidades de participação] estão mais reduzidas ou, em alguns casos, esgotadas". No entanto, alerta que os investidores têm noção de que não se trata de um produto com liquidez imediata.
Em termos de oportunidades, o responsável adianta que "a situação de liquidez e de obtenção de financiamentos impede, de momento, a realização de novos investimentos". De modo que, "os investimentos pontuais visam apenas a manutenção, modernização e adaptação do património imobiliário às novas exigências do mercado".
Estes fundos investem na compra e venda de imóveis, arrendamento e outros tipos de exploração dos espaços. Pelo que, o valor das unidades de participação do fundo depende não só da rendibilidade dos investimentos, mas também das avaliações dos próprios imóveis.
Perante a actual conjuntura económica, Nuno Serafim acredita que os fundos imobiliários não são uma alternativa válida. "A nossa preferência vai claramente para outras classes de activos, com maior liquidez e que permitam exposição a economias emergentes", defende o especialista em declarações ao Negócios.