O total do ativo dos fundos de investimento era de 52.321,9 milhões de euros no final de 2024, o valor mais alto desde que é registado, e aumentando 11,3% face a 2023, segundo dados do Banco de Portugal (BdP). Segundo o banco central, este valor corresponde ao máximo da série histórica que se inicia em dezembro de 2000.

O regulador acrescenta que, analisando as transações nos vários instrumentos, se verifica que, em 2024, os fundos reduziram os seus depósitos em cerca de 300 milhões de euros e que o valor das vendas de ativos não financeiros, nomeadamente imóveis, superou o das aquisições em 900 milhões de euros.

Em sentido inverso, aumentou o investimento em títulos de dívida, em particular os emitidos por não residentes (em 800 milhões de euros). O investimento em títulos de capital era de 428 milhões de euros, contra 312 milhões de euros em 2023.

No ano passado, face a 2023, os particulares aumentaram as suas aplicações em fundos de investimento em cerca de 1.700 milhões de euros. O BdP refere ainda que, em 2024, o valor das unidades de participação emitidas pelos fundos de investimento cresceu 4,1 mil milhões de euros, chegando, no final do ano, aos 45.290 milhões de euros.

"Este comportamento, bastante semelhante ao registado no ano anterior, é justificado sobretudo por outras variações de volume e preço, nomeadamente, pela valorização das unidades de participação (2.100 milhões de euros) e pela conversão de sociedades não financeiras do ramo imobiliário em fundos de investimento (1.900 milhões de euros)", refere o BdP.

O regulador acrescenta que as emissões de unidades de participação superaram as amortizações em cerca de 100 milhões de euros.

Uma análise por tipo de fundo regista que os fundos imobiliários correspondiam a 44% do ativo dos fundos de investimento, seguindo-se os fundos de obrigações (21%) e outros fundos (19%). Com menores quotas, estavam os fundos de ações (10%) e os fundos mistos (7%).