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FMI prevê queda do preço do petróleo a partir de 2006

O preço do petróleo deverá crescer 23% este ano, recuando a partir de 2006, segundo as previsões avançadas pelo relatório «World Economic Outlook» do Fundo Monetário Internacional. Os analistas prevêem também que a volatilidade no mercado petrolífero se m

13 de Abril de 2005 às 15:30
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A evolução do mercado petrolífero deverá fazer com que os preços demonstrem um abrandamento este ano – subindo 23,3% contra o crescimento de 30% de 2004 – e que passem a recuar a partir de 2006, consequência de uma redução do consumo e de uma diminuição dos riscos geopolíticos.

No entanto, o FMI alerta para o facto do mercado petrolífero continuar com pouca margem de manobra nos próximos anos. «A capacidade adicional está reduzida a níveis historicamente baixos e há riscos significativos de que o mercado continue sob pressão nos próximos tempos».

Esta pressão irá traduzir-se numa elevada volatilidade dos preços, acrescenta ainda o relatório da instituição. «A volatilidade tem subido de forma consistente, reflectindo o declínio da capacidade adicional de produção, a queda dos ‘stocks’, as alterações na produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e as incertezas geopolíticas» referem os analistas.

O FMI traça então os cenários para a evolução dos preços nos próximos anos. Até 2010 a instituição prevê que o mercado se mantenha equilibrado, com a OPEP a conseguir corresponder à procura mas sem reforçar a margem de manobra, o que deixa os preços sujeitos a perturbações no fornecimento. A partir da segunda década do século, os países da OPEP atingirão o pico de produção, ao mesmo tempo que a procura continua a aumentar. Aí os preços ficam sujeitos a uma subida acentuada e a forte volatilidade.

Este cenário não contempla, realça o FMI, o facto das inovações tecnológicas poderem superar as expectativas e contribuir para um reforço da produção petrolífera e, por outro lado, para uma redução da dependência de petróleo. Outra situação não contemplada é o facto da produção por parte de países não membros da OPEP poder crescer mais do que o esperado.

O crude [cl1] seguia a cair 1,18% para 51,25 dólares e o "brent" [co1] deslizava 1,60% para 51,15 dólares, atingindo as cotações mais baixas em seis semanas.

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