Notícia
Fidelidade paga 5,71 euros por acção para tirar luz Saúde de Bolsa
Avaliação encontrada pelo auditor independente é inferior à proposta pela Fidelidade.
O auditor independente a quem a CMVM encarregou de encontrar a fixação da contrapartida mínima que a Fidelidade terá que pagar aos accionistas da Luz Saúde encontrou um valor que é inferior ao que a seguradora assumiu.
Num comunicado, a CMVM diz que recebeu um relatório do auditor independente, onde este refere que "com base no trabalho efectuado, consideramos que 5,52 euros, deve ser considerada a oferta mínima a oferecer".
Este valor é inferior aos 5,71 euros assumidos pela Fidelidade na proposta que foi aprovada na assembleia geral extraordinária da Luz Saúde. Depois desta proposta ter sido aprovada, a Fidelidade assumiu o compromisso de adquirir as acções detidas pelos accionistas que não tenham votado favoravelmente a perda de qualidade de sociedade aberta no âmbito da referida assembleia geral extraordinária onde esta veio a ser deliberada".
Contudo, apesar do valor do auditor independente ser inferior, a Fidelidade terá mesmo que pagar 5,71 euros por acção da dona do Hospital da Luz, pois foi esta a contrapartida paga no negócio efectuado entre a Fidelidade e a Fosun, numa operação que ocorreu seis meses antes do anúncio da convocatória da assembleia geral que tinha como objectivo tirar a Luz Saúde de Bolsa.
"Por conseguinte, o valor da contrapartida a pagar pela aquisição das acções detidas pelos accionistas que não tenham aprovado a referida deliberação será de 5,71 por acção", refere a CMVM.
As acções da Luz Saúde negociaram pela última vez nos 5,55 euros. No acumulado do ano sobem 81,97%.
A seguradora portuguesa Fidelidade, controlada pelo grupo chinês Fosun adquiriu o controlo da empresa em Outubro de 2014, passando a ser o accionista maioritário da Luz Saúde.
O Grupo Luz Saúde presta os seus serviços através de 29 unidades - onde se incluem 12 hospitais privados, um hospital do SNS explorado pela Luz Saúde em regime de Parceira Público-Privada (PPP), 14 clínicas privadas a operar em regime de ambulatório e duas residências sénior - e está presente nas regiões Norte, Centro, Centro-Sul de Portugal Continental e na Madeira, segundo a informação disponível na sua página na internet.