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Farfetch vai sair da bolsa de Nova Iorque após venda à Coupang

A empresa liderada por José Neves chegou esta segunda-feira a acordo com a Coupang, empresa de "e-commerce" sul-coreana, para vender a companhia. Acionistas e detentores de dívida convertível não deverão recuperar investimento, assume Farfetch.

Paulo Duarte
18 de Dezembro de 2023 às 17:15
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A Farfetch vai sair da bolsa de Nova Iorque quando a aquisição da empresa pela sul-coreana Coupang estiver concluída, confirmou esta segunda-feira a empresa liderada por José Neves (na foto).

Depois de concluída a venda, "a Farfetch espera que os detentores de ações de classe A e B e dívida convertível não recuperem qualquer desse investimento. A Farfetch espera também deixar de estar cotada na bolsa de Nova Iorque e ser liquidada", refere a empresa. 

O acordo para vender a totalidade dos ativos e o negócio à Coupang foi esta segunda-feira conhecido. A "joint-venture" criada para o efeito, que conta também com a Greenoaks, irá fornecer um empréstimo de 500 milhões de dólares à empresa liderada por José Neves, com um juro anual de 12,5%. 

Na comunicação ao mercado, a Farfetch indica que, juntamente com os seus consultores, "conduziu um processo extensivo e minucioso para assegurar liquidez adicional para a empresa e as suas subsidiárias". Sem esta liquidez, diz, não teria condições para continuar. 

Ainda assim, o conselho de administração diz sentir-se "desiludido" pelo facto de o processo não ter resultado numa solução que permite a continuidade da Farfetch como empresa cotada, tendo "todos os membros independentes apresentado a demissão". O conselho de administração passa, assim, a ser apenas composto por José Neves, acrescenta a empresa.

A demissão destes, garante, "não resulta de qualquer discórdia com a Farfetch e as suas operações". A empresa ressalva, ainda, que não há garantias de que as condições da venda irão ocorrer. "Se a venda falhar, há dúvidas substanciais sobre a capacidade da Farfetch para continuar". 


Na mesma nota, a empresa liderada por José Neves revela que o acordo com a Richemont e a Symphony Global para a aquisição de 47,5% da plataforma de retalho de luxo Net-A-Porter caiu por terra. 

Recorde-se que o negócio, anunciado em 2022, já tinha recebido "luz verde" da Comissão Europeia. "A Comissão Europeia aprovou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a aquisição do controlo conjunto do Yoox Net-A-Porter Group, de Itália, pela Compagnie Financière Richemont, da Suíça, e pela Farfetch Limited, do Reino Unido", anunciou Bruxelas em outubro deste ano.
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