O euro valorizava 0,74% face ao dólar, beneficiando de expectativas de descida das taxas de juro na Zona Euro ao longo dos próximos tempos e dos receios de abrandamento da economia dos Estados Unidos (EUA).

A moeda única negociava nos 0,8755 dólares e avançava 0,52% relativamente à divisa nipónica, transaccionando nos 108,67 ienes.

Os mercados aguardam que o Banco Central Europeu (BCE) baixe a sua taxa directora, que actualmente se situa nos 4,5%, nos próximos tempos, respondendo aos recentes sinais de descida da inflação da Zona Euro.

Em Junho, o índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado da zona da moeda única cresceu 0,1%, depois de aumentar 0,6% no mês anterior, naquele que foi o primeiro abrandamento verificado desde Janeiro deste ano.

As expectativas de descida da inflação nos meses seguintes, depois do nível registado em Junho, foram hoje reforçadas com a divulgação de números que apontaram para a queda da inflação em cinco Estados da Alemanha, a maior economia da Zona Euro.

Entre os principais bancos centrais mundiais, o BCE é aquele que baixou menos as taxas desde o início deste ano, ao efectuar uma única redução de 25 pontos base, que compara com os seis cortes decretados pela Reserva Federal (FED) norte-americana, num total de 275 pontos base, para os actuais 3,75%.

O presidente do FED, Alan Greenspan, reiterou hoje, num discurso perante o Senado dos Estados Unidos (EUA), que a autoridade monetária norte-americana admite a possibilidade de baixar novamente os juros, em caso de degradação dos indicadores económicos nos próximos meses.

Estas declarações, que foram em linha com o que Greenspan já havia afirmado na semana passada, reforçando os receios de que a recuperação da maior economia mundial poderá demorar mais tempo do que o previsto.

Cada euro vale 200,482 escudos.