O euro seguia pouco alterado, a perder 0,1% face ao dólar, depois de ter atingido o nível mais alto dos últimos cinco meses no decorrer da sessão, beneficiando do inesperado aumento da confiança dos empresários alemães em Julho.

A moeda única cotava nos 0,9172 dólares, depois de ter chegado a negociar nos 0,9239 dólares, o valor mais elevado desde Março, e ganhava 0,15% relativamente à divisa nipónica, ao valer 110,02 ienes.

A confiança económica dos executivos da Alemanha, a maior economia da Zona Euro, cresceu pela primeira vez em seis meses em Julho, atingindo os 89,8 pontos, de acordo com uma sondagem realizada pelo instituto de conjuntura IFO junto de sete mil empresas.

Esta evolução surpreendeu os analistas, que aguardavam uma quebra para os 88,9 pontos, face aos 89,5 pontos registados no mês de Julho, quando este indicador atingiu o nível mais baixo dos últimos cinco anos.

O aumento da confiança dos empresários da Alemanha levantou a possibilidade da economia da zona da moeda única poder vir a recuperar ao longo dos próximos meses.

No entanto, o comportamento do euro foi afectado por declarações de responsáveis do Bundesbank, cujo presidente, Ernst Welteke, integra o Conselho dos Governadores do Banco Central Europeu (BCE), que defenderam que a autoridade monetária europeia deve aguardar por sinais concretos de abrandamento do M3 antes de baixar as taxas de juro.

O agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, funciona como um indicador avançado relativamente à evolução da inflação. Em Junho, o M3 aumentou para os 6,1%, acima da meta de 4,5% traçada pelo BCE.

A principal taxa de juro do BCE situa-se actualmente nos 4,5%, depois daquela instituição ter efectuado um único corte de 25 pontos base desde o início deste ano, na tentativa de impulsionar o crescimento económico na Zona Euro.

Nos Estados Unidos (EUA), a Reserva Federal (FED) desceu ontem a sua taxa directora em 25 pontos base, para os 3,5%, realizando a sétima diminuição do preço do dinheiro deste o dia 3 de Janeiro.

Quando os juros descem, o investimento e o consumo costumam aumentar, devido à redução dos encargos associados à contracção de financiamentos.

Cada euro vale 200,482 escudos.