O euro perdia 1,1% face ao dólar, no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a sua taxa de juro de referência inalterada nos 4,5%, prejudicado ainda pelos recentes sinais de recuperação da economia norte-americana.

A moeda única transaccionava nos 0,8370 dólares e desvalorizava 0,19% relativamente à divisa nipónica, ao negociar nos 105,20 ienes.

O BCE manteve hoje a sua taxa directora inalterada nos 4,5%, indo de encontro às previsões dos analistas, que só esperam uma descida do preço do dinheiro na Zona Euro quando existirem sinais de recuo nas pressões inflacionistas.

Em Maio, a taxa de inflação da Zona Euro, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado aumentou para os 2,9%, acima do objectivo de 2% traçado pelo BCE, cuja principal prioridade consiste em conseguir a estabilização dos preços.

Entre os principais bancos centrais mundiais, o BCE é aquele que menos baixou as taxas de juro desde o início deste ano, ao ter efectuado um único corte de 25 pontos base, no dia 10 de Maio, para o nível actual.

A descida dos juros costuma estimular o crescimento económico, uma vez que leva à diminuição dos encargos decorrentes dos empréstimos contraídos por particulares e empresas, que podem desse modo aumentar os níveis de consumo e de investimento.

Nos Estados Unidos (EUA), os últimos indicadores económicos apontam no sentido de que a maior economia mundial poderá recuperar mais rapidamente que o previsto, depois da Reserva Federal (FED) ter efectuado seis cortes de taxas desde o dia 3 de Janeiro, num total de 250 pontos base, para os actuais 3,75%.

O índice NAPM, da National National Association of Purchasing Management, que mede a produção manufactureira nos Estados Unidos (EUA) subiu para os 44,7 pontos em Junho, acima do esperado pelos analistas, enquanto as encomendas à indústria norte-americana aumentaram 2,5% em maio, registando a terceira subida em quatro meses, segundo dados divulgados esta semana.

Cada euro vale 200,482 escudos.