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Escassez de madeira pode penalizar Portucel e Altri
Uma possível escassez de madeira em Portugal poderá ser negativa para a Portucel e para a Altri, de acordo com os analistas do BPI.
Uma possível escassez de madeira em Portugal poderá ser negativa para a Portucel e para a Altri, de acordo com os analistas do BPI.
Um estudo realizado pela McKinsey e a Pöyry revela que os limites de energias renováveis estabelecidos até 2020, nos quais a biomassa tem um papel fundamental, poderão provocar uma escassez de madeira. Sendo a madeira de eucalipto a matéria-prima fundamental na indústria de pasta e papel, está poderá ser uma má noticia para a Altri e a Portucel.
"Esta escassez é ainda mais relevante se tivermos em consideração o aumento de capacidade esperado para 2008", acrescenta o BPI.
Neste cenário, a casa de investimento antevê um aumento dos apoios públicos para aumentar a área de eucalipto e um aumento dos investimentos no sector da floresta. "Recordamos que os eucaliptos levam, aproximadamente, nove anos a desenvolverem-se, tempo suficiente para ultrapassar o pior cenário", referem os analistas do BPI.
O banco esclarece ainda que a possível escassez de madeira ajuda a explicar o interesse da Portucel no mercado angolano. A empresa está a estudar uma parceria no país para recuperar, gerir e desenvolver uma floresta de eucaliptos.
O BPI reitera a recomendação de "acumular" para a Portucel com um "target" de 3,75 euros e a recomendação de "manter" para a Altri com um preço-alvo de 7,10 euros.
As acções da Portucel [ptcl] recuam 0,32% para os 3,14 euros e a Altri [altr] perde 0,56% para os 7,16 euros.