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EFG considera a subida da inflação transitória e acredita em febre de consumo

Banco suíço de gestão de fortunas avisa para possíveis erros nas decisões de política monetária dos bancos centrais, mas está otimista em relação ao crescimento económico global.

Giorgio Pradelli, CEO do EFG International (à esquerda), e Bernardo Meyrelles, CEO do EFG Portugal (à direita)
Giorgio Pradelli, CEO do EFG International (à esquerda), e Bernardo Meyrelles, CEO do EFG Portugal (à direita) Pedro Catarino
17 de Dezembro de 2021 às 10:16
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O banco "private" suíço EFG entende que a alta da inflação a nível global é transitória, com uma descida do índice de aumento dos preços nos Estados Unidos para níveis entre os 2 e os 3% na segunda metade do próximo ano. No relatório de perspetivas para 2022, a instituição – que está presente em Portugal desde 2019 – avisa para o risco de erros por parte dos bancos centrais nas decisões de política monetária.

Os economistas e especialistas em investimento do EFG não antecipam que o BCE suba as taxas de juro antes de 2023, mas acreditam que a Reserva Federal norte-americana (Fed) pode fazê-lo já no segundo semestre de 2022 (a Fed já anunciou que vai aumentar as taxas de juro três vezes ao longo do próximo ano). O EFG considera que o maior desafio para os mercados será uma subida que vá além do pico de 2,5% atingido no final de 2018.

Em respostas ao Negócios, o diretor global de investimento do banco explica que se a inflação começar a abrandar mais depressa do que os bancos centrais antecipam, o risco de haver decisões erradas aumenta. "Podemos ir pelo caminho errado", afirma Moz Afzal. "A política monetária pode tornar-se demasiado restritiva", continua, "porque as taxas de juro podem já ter subido três ou quatro vezes e de repente a inflação é outra vez baixa, o que torna as políticas dos bancos centrais demasiado apertadas, e a economia pode não suportar isso".

O banco "private" conclui que nos próximos seis meses as ações continuarão a oferecer as melhores oportunidades de investimento, devido aos estímulos nas economias avançadas, e às taxas de juro reais negativas.

Na visão dos técnicos do EFG, o crescimento económico global seja forte, atingindo 4,5% nas economias avançadas e 5% nas emergentes, arrefecendo em 2023.

O banco acredita numa febre do consumo por parte das populações, à medida que as preocupações com a covid-19 diminuem, prevendo que os consumidores estejam dispostos a gastar mais, sobretudo em lazer e saúde. A rapidez com que esses gastos acontecem depende da evolução da pandemia.

Os economistas acreditam que a confiança do consumidor está numa fase de recuperação contínua.
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