Notícia
EDP e Iberdrola renovam máximos com especulação de aquisições
As acções da Iberdrola e da Energias de Portugal atingiram novos máximos com a especulação de que a Gas Natural, após desistir da OPA sobre a Endesa, possa fazer uma tentativa de aquisição de outro grande operador do mercado energético.
As acções da Iberdrola e da Energias de Portugal atingiram novos máximos com a especulação de que a Gas Natural, após desistir da OPA sobre a Endesa, possa fazer uma tentativa de aquisição de outro grande operador do mercado energético.
A E.ON, maior energética da Alemanha, lançou hoje uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Endesa, por 29,1 mil milhões de euros, superando os 22,4 mil milhões de euros implícitos da oferta da Gas Natural.
Na opinião de Enrique Soldevilla, analista do Banco BPI, citado pela Bloomberg, a «Gas Natural não tem muita margem» para entrar numa «guerra» de ofertas pela Endesa. Nesse sentido «a Iberdrola será uma das poucas alternativas que a Gas Natural tem», mas só no caso de ser «um negócio amigável, com as duas empresas sentarem-se para conversar sobre os benefícios da fusão».
Face a esta especulação, os títulos da Iberdrola avançavam mais de 6% para os 27 euros, depois de terem renovado o valor mais elevado de sempre, ao tocar nos 27,18 euros.
A EDP está também a reagir com uma forte subida. Contudo, a participação de 20,49% do capital e os poderes de veto do Estado têm protegido a empresa, juntamente com as regras da própria empresa que não permitem a nenhum accionista, além do Estado, ter mais de 5% dos direitos de voto na companhia.
O analista do Banif, Jorge Guimarães afirmou à agência Bloomberg que «é improvável que aconteça alguma coisa à EDP no curto-prazo, devido à actual estrutura accionista e aos limites de voto». O Estado está actualmente a ser pressionado pela Comissão Europeia para abandonar as "golden share" que detém nas companhias em que já não controla.
A EDP [edp] avança 3,87% para os 2,95 euros, tendo chegado a ganhar 4,58% para os 2,97 euros, renovando o máximo de Maio de 2001.