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É muito cedo para cantar vitória sobre a inflação, diz CEO do JP Morgan

Líder do maior banco do mundo acredita que a reserva Federal possa subir os juros além dos 5% se os preços não cederem.

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09 de Fevereiro de 2023 às 20:20
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O presidente executivo do JP Morgan, Jamie Dimon, alertou esta quinta-feira para o risco de se cantar vitória contra a inflação. Para Dimon, é até natural que a Reserva Federal (Fed) norte-americana suba os juros para além dos 5%, se os preços continuarem elevados.

Numa entrevista à agência Reuters, o líder do maior banco mundial afirmou que "as pessoas devem respirar fundo antes de declararem vitória [sobre a inflação] só porque a taxa de um único mês é mais positiva". "É perfeitamente razoável que a Fed vá até aos 5% e espere um pouco", adiantou. 

Para Dimon, se a inflação cair para 3,5% ou 4% e se mantiver nesse patamar, então "talvez se tenha de ir além dos 5% e isso pode afetar as taxas de curto prazo", frisou.

O aviso do CEO do JP Morgan surge numa altura em que responsáveis da Reserva Federal sinalizaram que novos aumentos nos juros estão em cima da mesa, ainda que nenhum tenha assumido claramente essa postura mais agressiva.

De um pico de quase 7% em junho, inflação reduziu-se para os 5% em dezembro - bem acima de meta de 2% que é referência para o banco central -, num ciclo contínuo de descidas.

Numa entrevista ampla, Dimon falou também dos limites ao endividamento dos Estados Unidos, frisando que "um default" da maior economia do mundo seria potencialmente "catrastófico". "Não podemos ter um 'default'", inistiu, adiantando que isso poderia resultar num dano permanente para o país e "destruir o seu futuro".

À Reuters, o CEO do JP Morgan adiantou também que planeia visitar a China, enfatizando que é essencial que os EUA mantenham relações económicas com aquele país, numa crítica à estratégia protecionista adotada pela administração Biden.

Questionado sobre os planos do JP Morgan quanto à sua força laboral, numa altura em que os concorrentes em Wall Street anunciam cortes, Dimon adiantou que a intenção do banco é contratar.

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