As bolsas norte-americanas mantiveram-se na tendência de abertura e terminaram em queda pelo segundo dia consecutivo, a par da desvalorização generalizada da Europa. No dia que se seguiu ao anúncio da morte de Osama bin Laden, só o índice Dow Jones fugiu do vermelho ao permanecer inalterado. Os títulos ligados às matérias-primas pressionaram o desempenho bolsista dos EUA.

O S&P 500 perdeu 0,34% e encerrou nos 1.356,62 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq se desvalorizou 0,78% para 2.841,62 pontos. Por sua vez, o Dow Jones ficou com os mesmos pontos que tinha registado no fim da sessão de ontem, nos 12.807,51 pontos.

Ontem, as bolsas dos EUA tinham terminado em baixa, penalizadas pelos receios de que o assassinato de Osama bin Laden pudesse trazer consequências negativas para o país. Hoje, a razão é semelhante.

“Estamos a ver uma movimentação defensiva. Há algum medo de uma retaliação terrorista”, comentou à Bloomberg James Paulsen, da Wells Capital Management.

O comportamento acabou por contrariar a boa indicação dada pelas encomendas às fábricas dos EUA, que cresceram a um ritmo superior ao previsto em Março. Isto porque as empresas ligadas às matérias-primas sentiram uma depreciação do seu valor.

A prata para entrega em Julho afundou 7,6% até 42,585 dólares por onça, a maior descida desde Dezembro de 2008. Já o crude nova-iorquino cai 2,18% para 111,05 dólares, ao passo que Brent do Mar do Norte segue a desvalorizar-se 2,2% no mercado londrino para 122.37 dólares.

Além da desvalorização das empresas ligadas a estes produtos, também as retalhistas perderam valor, depois da Sears Holdings ter apresentado prejuízos no primeiro trimestre.

Em destaque na sessão de hoje em época de apresentação de resultados esteve a MasterCard, que reportou um resultado líquido de 562 milhões de dólares, 24% acima do valor marcado no período homólogo. A empresa ganhou 2,6% para se fixar nos 282,38 dólares na sessão de hoje.