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Depósitos engordam mil milhões em dezembro para novo recorde nos 173 mil milhões
Os depósitos voltaram a bater um novo recorde, em 2021, apesar do ambiente de taxas de juro nulas. Quase metade do dinheiro estava à ordem, sem render, no final do ano.
O valor aplicado em depósitos voltou a bater um novo recorde, em dezembro. Segundo dados divulgados esta manhã pelo Banco de Portugal há perto de 173 mil milhões de euros deixados no banco pelas famílias portuguesas. Quase metade deste montante está à ordem.
O valor total dos depósitos aumentou em mil milhões de euros, em dezembro, para 172,9 mil milhões. Trata-se de um novo máximo histórico, com estas aplicações a continuarem a fixar sucessivos recordes.
Segundo os números do Banco de Portugal, em 2021, o montante aplicado em depósitos cresceu 6,6% face ao ano anterior.
Com as taxas pagas pelos novos depósitos a prazo em praticamente zero – taxa de juro oferecida nas novas operações está em 0,04% - há cada vez mais quem mantenha o dinheiro parado na conta.
Os depósitos à ordem representavam, no final de 2021, cerca de 48% do total dos depósitos detidos por particulares, o que representa um crescimento de 13,5% face ao final de 2020.
Também os depósitos das empresas aumentaram, em dezembro. Segundo o Banco de Portugal, o montante de depósitos das empresas em bancos em Portugal cresceu 17% relativamente a 2020, para 61,8 mil milhões de euros.
"É necessário recuar até finais de 2010 para encontrar taxas de crescimento semelhantes às que se verificaram nos dois anos da pandemia", realça o Banco de Portugal.