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Cristina Ferreira já é dona de 2,5% da Media Capital. Junta-se a imobiliárias, um administrador hospitalar e sociedades recém-criadas

A Media Capital, dona da TVI, já revelou a composição de uma parte da sua nova estrutura acionista. Cristina Ferreira fica com 2,5% do grupo. Ainda falta conhecer os donos de 20,5%.

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11 de Setembro de 2020 às 11:10
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A apresentadora e empresária Cristina Ferreira adquiriu 2,5% do capital social da Media Capital. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo que detém a TVI revela que a sociedade Do Casal, detida por Cristina Ferreira, celebrou, enquanto compradora, um acordo para a compra de 2.112.830 ações representativas de 2,5% do capital social e direitos de voto da Media Capital.


"A referida compra e venda encontra-se sujeita a determinadas condições suspensivas, da verificação das quais depende a realização da transação", refere o comunicado.


Cristina Ferreira junta-se, assim, ao lote de novos acionistas da Media Capital, depois de na semana passada, a 4 de setembro, a espanhola Prisa ter anunciado um acordo para a venda da totalidade da sua participação de 64,47% na Media Capital, por 36,85 milhões de euros, uma posição que recebeu o aval da Pluris, do empresário Mário Ferreira, que detém cerca de 30% do grupo. Ainda na noite desta quinta-feira, foram conhecidos os nomes de alguns dos novos donos do grupo que detém a TVI.


Numa série de comunicados enviados à CMVM, a Media Capital anunciou a entrada de quatro novos acionistas: as empresas Triun, Zenithodyssey, Fitas & Essências e, em nome individual, o empresário Manuel Ferreira Lemos. Juntamente com Cristina Ferreira, detêm 43,5% do capital da empresa. O que significa que falta conhecer quem são os detentores dos restantes 20,5% vendidos pela Prisa. Alguns podem não ser comunicados, uma vez que tal só é obrigatório nas participações superiores a 2%.


Neste lote de cinco novos acionistas, é a Triun que fica com a maior fatia da dona da TVI, após ter anunciado a compra de 16.902.636 ações, representativas de 20% do capital e dos direitos de voto da Media Capital, num acordo concluído a 03 de setembro.


A Triun foi criada em 2009, sob a designação de Meigal, tendo adotado em 2016 o nome atual. A sociedade tem por objeto a gestão de participações sociais de outras sociedades e é controlada pela família que detém a Lusiaves, nomeadamente Paulo Gaspar, Mariana Gaspar e Francisco Gaspar, filhos de Avelino Gaspar.


O segundo maior acionista deste lote é a sociedade Zenithodyssey, que adquiriu 16% das ações da Media Capital, também a 3 de setembro. No comunicado enviado à CMVM, a empresa refere que o contrato de compra e venda encontra-se sujeito a determinadas condições acordadas entre as partes.


Esta sociedade foi criada no dia 31 de julho de 2020 com um capital de dois euros, que entretanto aumentou para 100 mil, tendo por objeto a compra e venda de participações sociais no âmbito da gestão de carteira de títulos da sociedade, bem como a Prestação de serviços de apoio à gestão, nas áreas administrativa, financeira, logística, recursos humanos e contabilidade das empresas participadas.


A sociedade tem sede em Guimarães, é gerida pelo empresário Rui Armindo da Costa Freitas e é controlada por cinco acionistas. Metade do capital da Zenithodyssey é detido pelo grupo de tintas CIN. Em declarações à Lusa, no passado dia 04 de setembro, o presidente executivo da CIN, João Serrenho, já tinha revelado ser um dos novos investidores da Media Capital. "Temos alguns projetos que ficaram pendurados e, por isso, estamos a meter alguma liquidez que temos disponível num negócio que pode ser interessante", sublinhou então.


Depois da CIN, é a Polopique, com 18% do capital, a maior acionista da Zenithodyssey. Esta empresa do setor têxtil com sede em Santo Tirso é controlada pelo empresário Luís Miguel Lopes Guimarães.


Segue-se, com 12%, a sociedade Volume Volátil, com sede em Fafe, e que foi constituída apenas a 31 de agosto de 2020. Tem como objeto a gestão de participações sociais noutras sociedades, como forma direta de exercício de actividades económicas e ainda a consultoria e prestação de serviços diversos na área da gestão às empresas participadas ou a terceiros. Dedica-se ainda à compra e venda de participações sociais do âmbito da gestão da carteira da sociedade é à prestação de serviços de apoio à gestão administrativa, logística, recursos humanos e contabilidade. É controlada pelo empresário Filipe Barbosa Carvalho.


Ainda dentro da estrutura da Zenithodyssey conta-se a sociedade imobiliária Alfredo & Carlos, com 10% do capital. Tem sede em Guimarães e é controlada pelos empresários Alfredo José Machado Alves Pereira e Carlos Alberto Machado Alves Pereira. Por último, surge a Zafgest, outra imobiliária de Guimarães também com 10% do capital da nova acionista da dona da TVI, que é controlada por Rui Armindo da Costa Freitas.


Depois da Zenithodyssey, surge na lista de novos acionistas da Media Capital, com 3%, a sociedade Fitas & Essências, que foi constituída na Maia em janeiro de 2019, tendo por objeto a prestação de serviços de desenvolvimento de design e I & D na indústria de confeção de vestuário em série. É controlada pelo empresário do setor têxtil Stéphane Rodolphe Picciotto.


Aos novos donos da TVI junta-se ainda Manuel José Lemos de Ferreira Lemos, administrador do hospital Terra Quente, em Mirandela, que adquiriu 2% da Media Capital, ficando atrás de Cristina Ferreira.


Além dos 64,47% vendidos pela Prisa e dos 30,22% detidos por Mário Ferreira, através da Pluris Investments, fazem ainda parte da estrutura acionista da Media Capital o NCG Banco, com 5,05%. O capital disperso em bolsa é de 0,26%.
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