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Criptomoedas: Mais de 10% dos fundos levantados em ICO foram roubados

Um estudo da Ernst & Young mostra que o 'phishing' é a técnica mais utilizada pelos piratas informáticos.

A bitcoin vai atingir um máximo histórico de 60.000 dólares em 2018, com uma capitalização de mercado acima de um bilião de dólares, uma vez que o surgimento do contrato de futuros para esta criptomoeda levou a uma onda de envolvimento por parte de investidores e fundos que se sentem mais confortáveis a negociar futuros do que a endossar fundos a bolsas de criptomoedas. No entanto, o fenómeno bitcoin irá “ficar sem tapete” conforme a Rússia e a China forem travando, e até mesmo proibindo, as moedas virtuais. Após o espectacular pico em 2018, a bitcoin irá colapsar e assomar-se a 2019 perto do seu “custo de produção” de 1.000 dólares.
reuters
22 de Janeiro de 2018 às 14:11
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Mais de 10% dos fundos levantados através de ICO ("initial coin offerings") estão perdidos ou foram roubados em ataques de ‘hackers’, revela um estudo da Ernst & Young citado pela Reuters esta segunda-feira, 22 de Janeiro.

 

A consultora analisou mais de 372 ofertas iniciais de moedas - operações através das quais novas moedas digitais são distribuídas aos compradores - e descobriu que cerca de 400 milhões de dólares do total de 3,7 mil milhões levantados até ao momento foram roubados. O ‘phishing’ foi a técnica de pirataria informática mais utilizada.

 

O estudo da consultora mostra ainda que o volume deste tipo de operações tem vindo a abrandar desde o final de 2017 e que, em Novembro, menos de 25% das ICO atingiram o seu ‘target’, o que compara com 90% em Junho.

 

A Reuters destaca que as conclusões da Ernst & Young são conhecidas numa altura em que as criptomoedas estão directamente sob os holofotes, com empresas jovens a levantarem centenas de milhões de dólares online para financiar os seus projectos, muitas vezes tendo pouco mais de meia dúzia de funcionários e um plano de negócios delineado no chamado "white paper".

 

"O volume de operações disparou, as pessoas alcançaram os seus objectivos, em termos de angariação de fundos, e a qualidade acabou por cair", afirmou Paul Brody, responsável da Ernst & Young pela tecnologia da blockchain, citado pela agência noticiosa.

 

"Ficámos chocados com a qualidade de alguns dos white papers, vemos erros de codificação óbvios e vemos conflitos de interesses entre as empresas que emitem tokens e a comunidade de titulares de tokens".

 

A Reuters explica que nas ofertas iniciais de moedas, as empresas geralmente levantam fundos para construir novas plataformas de tecnologia ou para financiar negócios que usam criptomoedas – também conhecidas como "tokens" – e a blockchain.

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