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Cotação da Energias do Brasil no Bovespa arranca amanhã
A Energias do Brasil está a menos de um dia de dispersar capital no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O preço por acção será conhecido ainda hoje e a participada da EDP entra na bolsa brasileira na manhã de quarta-feira, às 10 horas
A Energias do Brasil está a menos de um dia de dispersar capital no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O preço por acção será conhecido ainda hoje e a participada da EDP entra na bolsa brasileira na manhã de quarta-feira, às 10 horas locais (14 horas em Lisboa).
O preço será fixado pela procura em processo de "bookbulding". A referência era que o preço por cada título ficasse entre 22 e 28 reais (7,5 a 9,6 euros). Caso o preço fique no valor intermédio do intervalo, a Energias do Brasil deverá conseguir arrecadar 605 milhões de reais (208 milhões de euros).
Desse total, a empresa reservou 260 milhões de reais (89 milhões de euros) para investimentos na conclusão da central hidroeléctrica Peixe Angical em Tocatins. O restante será utilizado na expansão dos negócios de geração no Brasil, bem como a expansão da hidroeléctrica Mascarenhas e a conclusão da central São João.
A eléctrica brasileira fez acompanhar o IPO de uma segunda oferta reservada ao pagamento da casa-mãe portuguesa de um empréstimo à subsidiária brasileira Escelsa, distribuidora de energia no estado de Espírito Santo.
A EDP que, não vai acompanhar o IPO, converterá a dívida em capital da participada, diluindo menos a sua posição com o IPO. Amanhã, a empresa portuguesa deverá ficar com 63% do capital da participada versus os actuais 68%. A portuguesa Caixa Banco de Investimento foi a coordenadora na angariação de investidores no exterior.
O Coordenador líder do IPO é o Banco UBS e os co- coordenadores são o Banco Itaú BBA e Banco Pactual. Os coordenadores contratados são o Banco Bradesco, o Credit Suisse First Boston o BB Banco de Investimento e o Banco Espírito Santo de Investimento.
Antes da cotação, a Energias do Brasil procedeu à reestruturação societária, movimento que a espanhola Endesa anunciou que também vai realizar para também listar os seus títulos no Bovespa até ao final deste ano.
Os analistas vêem com "bons olhos" a altura da dispersão, já que o real está valorizado e é certamente uma oportunidade financiar os investimentos na bolsa brasileira.
A Energias do Brasil está há quase 10 anos no Brasil e atende a 11 milhões de consumidores, controla três distribuidoras e tem participações minoritárias em mais duas. Detém 14,6% da hidroeléctrica Lajeado e 60% da Peixe Angical cujo arranque das actividades está prevista para Maio de 2006, além de uma comercializadora de energia.