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Comissões bancárias caem 35% com redução do número de F&A
Os bancos intermediários de Fusões e Aquisições registaram uma queda de 35% nas suas comissões no primeiro trimestre, semanas após encaixarem bónus de um ano recorde.
Os bancos intermediários de Fusões e Aquisições registaram uma queda de 35% nas suas comissões no primeiro trimestre, semanas após encaixarem bónus de um ano recorde.
As comissões dos intermediários financeiros recuaram de 13,4 mil milhões de dólares, para os 8,7 mil milhões de dólares nos primeiros três meses do ano, de acordo com uma estimativa realizada por analistas da Freeman & Co, citada pela Bloomberg.
No passado mês de Dezembro, executivos da Lehman Brothers e do Bank of América tinham previsto que as aquisições registassem um decréscimo de 20% este ano.
A crise do crédito hipotecário de alto risco e as condições mais restritas de acesso ao crédito, bem como os receios de recessão económica têm inibido as empresas de realizar negócios de F&A. A Goldman Sachs, o maior intermediário financeiro do mundo, reportou uma diminuição de 47% no primeiro trimestre de 2008, face aos três meses anteriores, na assessoria financeira deste tipo de negócios.
De Janeiro a Março, a Goldman Sachs foi responsável pela intermediação de 62 negócios, avaliados em 117 mil milhões de dólares, seguida pela Morgan Stanley, que liderou 51 negócios, de 94,3 mil milhões de dólares, e pela Lahman Brothers, que intermediou 30 "takeovers", de 93,3 mil milhões de dólares.
Na Europa, é a JPMorgan quem lidera a intermediação financeira, com 25 negócios, avaliados em 41,4 mil milhões de dólares.
De acordo com os números da Bloomberg, o valor das F&A recuou para os 656,2 mil milhões de dólares nos primeiros três meses do ano, em comparação com 971 mil milhões no mesmo período do ano passado.
Os meses de Janeiro e Março forem mesmo os meses mais fracos em volume de F&A desde Novembro de 2004.
O ano de 2007 assistiu a um volume recorde de F&A, no valor de 4 biliões de euros.
Sem fim à vista, a crise já obrigou os bancos a amortizarem 208 mil milhões de dólares e ainda têm que lidar com mais 200 mil milhões relacionados com crédito mal parado e obrigações em situação mais difícil.
Recentemente, a notícia de colapso financeiro do Bear Stearns, seguida pela informação de que a Reserva Federal se ofereceu para ajudar a JPMorgan a financiar a aquisição do banco trouxe receios de que outras instituições divulguem mais más notícias nos próximos tempos.