Notícia
Coinbase estreia-se no Nasdaq a valer 100 mil milhões
A plataforma de compra e venda de criptomoedas começou esta quarta-feira a negociar no Nasdaq com uma avaliação de 100,8 mil milhões de dólares.
Esta avaliação de mercado fica em linha com os 100 mil milhões que estavam a ser apontados pela Bloomberg. A perspetiva, horas antes, era de que a negociação da nova cotada arrancasse nos 340 dólares, o que corresponderia a uma avaliação de 90 mil milhões de dólares.
A correlação entre ambas foi mesmo descrita no prospecto de entrada em bolsa, quando a empresa afirma que "grande parte das receitas provém da negociação de bitcoin e de ether. Se a procura por alguma destes cripto ativos cai e nao é compensada por nova procura por outros cripto ativos, o nosso negócio, os resultados operacionais, e as condições financeiras podem ser afetadas".
A bitcoin estava novamente a renovar máximos históricos, perto dos 65 mil dólares por unidade, mas recuou para o patamar dos 63 mil dólares novamente, depois de ter sido anunciado o preço inicial de cada ação da Coinbase, que poderá variar logo nos primeiros minutos.
A entrada em bolsa da Coinbase – que suporta a negociação de cerca de 90 criptoativos – não foi feita através do comum IPO (Oferta Pública Inicial, na tradução para português), mas sim de uma Oferta Pública Direta (DPO, na sigla em inglês), o que significa que os atuais acionistas da empresa não estarão limitados por nenhum período de "lockup" e podem vender as suas ações logo no primeiro dia de negociação.
De acordo com as estimativas iniciais da empresa, a Coinbase registou 56 milhões de utilizadores até março deste ano, face aos 43 milhões no final de 2020, com as receitas a subirem para 1,8 mil milhões de dólares, nove vezes mais do que os 190,6 milhões registados no período homólogo. O lucro líquido deverá fixar-se entre os 730 milhões e os 800 milhões de dólares entre janeiro e março deste ano, um aumento homólogo de 2.300% se considerarmos a média destes dois valores.
Em 2019, a empresa lançou o Coinbase Card – numa parceria com a Visa – para os clientes no Reino Unido e em alguns países da Europa, o que permite comprar qualquer mercadoria, desde que a loja aceite cartões Visa, com recurso a criptomoedas.