Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

CEO da Unilever abandona cargo e dona da Dove tomba mais de 2%

A demissão relâmpago de Hein Schumacher pressionou a Unilever, com as ações a recuarem mais de 2%. Isto depois de o CEO ter feito os investidores ganharem quase dois dígitos enquanto esteve no cargo.

Apesar da demissão surpresa, a Unilever vai promover o diretor financeiro ao cargo de CEO Bloomberg
25 de Fevereiro de 2025 às 11:24
  • ...

O CEO da Unilever apanhou todos de surpresa esta terça-feira, 25 de fevereiro, ao apresentar a demissão, e o mercado já se encontra a reagir à saída. O gestor Hein Schumacher esteve menos de dois anos no cargo que irá deixar a partir de 1 de março. 

Contudo, a fabricante da Dove, da Knorr e dos gelados Ben&Jerry's já escolheu o seu substituto. Fernando Fernandez, até agora diretor financeiro da empresa, vai assumir o cargo de CEO aquando da saída de Schumacher.

Fernandez foi promovido a diretor financeiro da Unilever em janeiro de 2023, sendo que até então liderava o segmento de beleza e bem-estar, considerado uma das joias da empresa. Dentro da Unilever liderou ainda os mercados da América Latina, Brasil e Filipinas.

O presidente da empresa, Ian Meakins, agradeceu o trabalho desenvolvido por Hein Schumacher durante o ano e meio em que esteve na liderança e também por "redefinir a estratégia da Unilever, pelo foco e disciplina que trouxe à empresa e sólido progresso financeiro alcançado em 2024".

No entanto, o mercado não parece muito satisfeito com a saída precoce de Schumacher, com a empresa a cair mais de 2% nas bolsas de Londres e Amesterdão, tendo mesmo atingido uma quebra superior a 3% aquando da abertura na praça holandesa. Desde que Schumacher aceitou liderar a empresa, os títulos da Unilever tinham valorizado mais de 9%.

Ainda assim, a demissão de Hein Schumacher chega depois da Unilever ter visto os lucros recuarem 10,8% para 6,4 mil milhões de euros, ficando abaixo do perspetivado. Também as previsões de crescimento mais lento para 2025 não foram bem recebidas pelo mercado quando a empresa apresentou os resultados - na altura, as ações caíram mais de 6%. 

Este ano, a Unilever vai proceder a uma reestruturação, com planos para despedir 3.200 trabalhadores na Europa até ao fim do ano, um terço da sua força de trabalho, embora o processo envolva o corte de 7.500 postos de trabalho a nível global. 

A Unilever escolheu separar o seu negócio dos gelados no mercado europeu, depois das negociações com fundos de investimento falharem e a empresa não conseguir vender a divisão que tem marcas como Magnum, Ben&Jerry's e Carte d’Or. Só esta divisão representava, em 2023, 16% das vendas globais da Unilever, embora com uma complexa cadeia de fornecimento. 

A Unilever vai então desmembrar este negócio ainda em 2025, querendo cotar a divisão dos gelados em Amesterdão. A fabricante da Magnum prevê que esta divisão possa ser avaliada em até 18 mil milhões de euros, uma vez que detém 20% de quota de mercado e gerou vendas de 8,3 mil milhões de euros no ano passado.

Ver comentários
Saber mais Unilever
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio