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Cap Gemini diz «liberalização do sector energético não é sempre sinónimo de preços baixos»

O aumento da competitividade, provocada pela liberalização do sector energético, «nem sempre é sinónimo de preços baixos», segundo o «European Energy Markets Deregulation Observatory» realizado pela Cap Gemini Ernst&Young, em parceria com a Enerpress.

12 de Novembro de 2002 às 12:04
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O aumento da competitividade, provocada pela liberalização do sector energético, «nem sempre é sinónimo de preços baixos», segundo o «European Energy Markets Deregulation Observatory» realizado pela Cap Gemini Ernst&Young, em parceria com a Enerpress.

A CGE&Y, em conjunto com a Enerpress, realizaram um observatório sobre o sector energético, com o objectivo de estabelecer níveis de liberalização relativos a 17 países europeus.

Este observatório foi realizado entre o Inverno de 2001 e o de 2002, o que foi encarado, pelas duas entidades, sob uma perspectiva da indústria eléctrica, como um dos períodos «mais turbulentos de todos os tempos em termos económicos».

Neste período de seis meses, «a dimensão e evolução da liberalização teve um efeito visível nos preços», segundo a mesma fonte.

A Suécia e o Reino Unido, dois dos países considerados mais liberalizados, os preços registaram um decréscimo de 18% e 12%, respectivamente. A Irlanda, um dos países mais lentos, nesta matéria, os preços subiram 18%.

O mesmo estudo salienta que os preços da energia nem sempre se comportam como o esperado, sendo que países muito liberalizados, como a Finlândia, Noruega e Dinamarca registaram um acréscimo dos preços de 13%.

A CGE&Y e a Enerpress concluíram, com este estudo, que no longo prazo, a Finlândia e a Suécia diminuíram consideravelmente os preços (15% e 25%, respectivamente), enquanto na Dinamarca, apesar da liberalização bem sucedida, os preços treparam mais de 30%, em seis anos.

Na Dinamarca, as principais razões apontadas, para este facto, foram a dependência da energia eólica, com os elevados custos.

No Reino Unido os preços aumentaram mais de 10%, no longo prazo, sendo que têm tendência em decrescer com a introdução no «New Electric Trading Arrangements».

Os preços energéticos na França caíram mais de 10%, enquanto na Alemanha decresceram 25%, permanecendo ainda os mais altos da Europa, devido a uma capacidade de produção superior à procura.

A Comissária Europeia Loyola de Palacio admitiu, em visita a Portugal em Setembro, que mantém conversações com o Governo português com vista a antecipar o prazo de liberalização do mercado de gás natural em Portugal.

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