Notícia
Bolsas europeias registam a maior queda de dois meses
As praças europeias encerraram em queda a sessão desta quarta-feira depois de registarem a maior descida dos últimos dois meses.
26 de Setembro de 2012 às 18:36
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A contribuir para a queda dos índices esteve sobretudo o aumento de receios em torno da crise de dívida europeia. Em especial em relação a Espanha.
Os actuais níveis da dívida a 10 anos estão muito próximos dos registados antes de o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, se ter disponibilizado para comprar obrigações espanholas e de outros países da Zona Euro em dificuldades, na condição de pedirem primeiro assistência a um dos fundos de resgate, recorda a Bloomberg
Espanha apresentará esta quinta-feira a proposta do orçamento do Estado para 2013. O ministro da Economia do país, Luís de Guindos, apresentará também medidas adicionais requeridas pela Comissão Europeia para que Espanha reduza os custos da dívida.
Em Paris o CAC 40 cedeu 2,82% para 3.414,84 e na Alemanha o DAX desceu 2% para 7.276,51 pontos.
O Mibtel baixou, em Milão, 3,29% para 5.408,03 pontos e no Reino Unido o FTSE recuou 1,56% para 5.768,09 pontos.
Na Grécia o FTSE/ASE desvalorizou 0,07% para 73,3100 pontos. Atenas é hoje palco de greve geral e protestos na rua. Os manifestantes protestam contra as últimas medidas de austeridade anunciadas e que permitirão à Grécia poupar 11,5 mil milhões de euros de que necessita para conseguir uma segunda tranche do empréstimo da troika.
O país necessita de receber uma segunda tranche do empréstimo concedido pelos parceiros externos - BCE, UE e FMI – ou deixará de ter dinheiro para suportar os serviços públicos dentro de algumas semanas.
O Banco Central Europeu já rejeitou participar em qualquer esforço de reestruturação da dívida da Grécia.
A autoridade monetária diz que cabe “apenas” aos estados-membros da Zona Euro cobrir as necessidades financeiras externas adicionais que a Grécia verifica. Ainda assim, o membro da Comissão Executiva salientou que a manutenção da Grécia na união monetária é a posição preferencial. Mas o país é que se tem de esforçar para isso, concretizou.
As maiores perdas registaram-se na banca e no sector automóvel, 3,73% para 148,77 pontos e 3,14% para 310,16 pontos, respectivamente.
Em Lisboa, o PSI-20 acompanhou a tendência das congéneres europeias e recuou 2,25% para 5213,57%.