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Bolsa sobe mais de 2% e supera a barreira dos 10.000 pontos

O principal índice nacional, PSI-20, seguia em máximos de 2001, superando a barreira dos 10 mil pontos, ao subir mais de 2%, um ganho suportado pela valorização superior 8% do BCP, devido a rumores de OPA sobre o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto. O

15 de Março de 2006 às 14:33
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O principal índice nacional, PSI-20, seguia em máximos de 2001, superando a barreira dos 10 mil pontos, ao subir mais de 2%, um ganho suportado pela valorização superior 8% do BCP, devido a rumores de OPA sobre o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto.

O PSI-20 [psi20] apreciava 2,05% para os 10.139,83 pontos, tendo alcançado o nível mais elevado desde Abril de 2001 esta manhã. O índice era impulsionado pelos ganhos de 14 títulos, enquanto cinco caíam e um seguia inalterado, numa altura em que já foram transaccionados mais de 380 milhões de euros.

O grande destaque do dia é o Banco Comercial Português (BCP) [bcp] que já ganhou mais de 10% para os 10,24 euros, o que representa o valor mais elevado desde Julho de 2002.

Depois do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto ter apresentado uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) ao Banco BPI, hoje o mercado especula essencialmente em relação a uma contra OPA que estará a ser preparada pelo BPI.

Vários analistas contactados justifica esta subida com a especulação de uma contra OPA do BPI e rumores de que possam haver bancos estrangeiros também interessados.

«O que corre no mercado é que o BPI estaria a preparar uma OPA ao BCP e que o Itaú e o La Caixa já teriam aprovado a realização de um aumento de capital para financiar a operação», explicou um operador que não quis ser identificado ao Jornal de Negócios Online.

«Existe a possibilidade forte de poder haver uma contra-OPA. A valorização do BCP não é normal, nomeadamente quando subiu mais de 4% depois de ter anunciado que poderia ter que fazer um aumento de capital para financiar a OPA sobre o Banco BPI. A subida das acções do BCP indicia que além de comprador o banco presidido por Paulo Teixeira Pinto pode também vir a ser alvo do BPI ou de um qualquer banco estrangeiro», disse Luís Duarte, operador do CaixaBI.

«O mercado está a viver e a vibrar em torno de histórias de OPA e contra-OPA», afirmou Pedro Bastos, operador da Título, adiantando que corre no mercado também a especulação de que a potencial aquisição do BCP não passa só pelo BPI. Haverá «bancos estrangeiros» interessados em «lançar uma OPA sobre o BPI» e o nomes apontados são o Deutsche Bank e o BBVA.

«A forte subida do BCP decorre de rumores de poder haver uma contra-OPA de accionistas do BPI ou de um terceiro banco estrangeiro poder lançar uma OPA sobre o BCP. Acho que é improvável haver uma contra-OPA vinda do BPI, mas nunca se sabe», disse Marcos Heitor, analista do Santander, à agência Reuters.

O BCP seguia a ganhar 8,66% para os 2,76 euros, atenuando a subida superior a 10% registada de manhã. O Banco BPI [bpin] depreciava 1,19% para os 5,79 euros.

Fonte da CMVM explicou ao Jornal de Negócios Online que, apesar da dimensão da subida, as acções do BCP não foram suspensas, pois as informações divulgadas pela imprensa são sustentadas em especulações, sem especificação de fontes.

A Energias de Portugal (EDP) [edp] também está a ajudar aos ganhos na bolsa nacional, com uma subida de 1,02% para os 2,98 euros. A negociação da EDP está a ser acompanhada por uma elevada liquidez e os títulos já atingiram um máximo de 2001 nos 3 euros.

Já foram transaccionadas quase 17 milhões de acções, o que compara com uma média diária de 12,69 milhões, e registou-se uma passagem em bolsa de 7,68 milhões a 2,97 euros por unidade.

A Portugal Telecom (PT) [ptc] subia 0,4% para os 10,07 euros, um dia depois do empresário João Pereira Coutinho ter confirmado o seu interesse na operadora de telecomunicações nacional.

Ontem ao final do dia, o presidente da SAG e dono da AR Telecom enviou um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em que confirmava que estava «efectivamente a manter conversações com investidores nacionais e estrangeiros no sentido de estudar a viabilidade e de preparar, eventualmente, uma oferta concorrente» sobre o Grupo Portugal Telecom.

As acções da Sonaecom [snc] subiam 1,55% para os 3,93 euros e os títulos da Sonae SGPS [son] avançavam 0,75% para os 1,34 euros.

Ainda a destacar estão as acções da SAG [sag] que cresciam 6,86% para os 1,87 euros, atingindo o valor mais elevado desde Junho de 2002, depois da empresa ter apresentado resultados positivos e anunciar que vai propor a distribuição de um dividendo total de 13,4 cêntimos por acção, correspondente a um dividendo «yield» de 7,9% por acção, afirmam operadores.

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