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Bolsa segue em queda pressionada por PT e Brisa

A bolsa nacional seguia em queda, à semelhança da maioria das praças europeias, pressionado pela Portugal Telecom pela Brisa. O PSI-20 deslizava 0,35% com o Banco BPI a impedir perdas maiores.

21 de Outubro de 2004 às 12:38
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A bolsa nacional seguia em queda, à semelhança da maioria das praças europeias, pressionado pela Portugal Telecom pela Brisa. O PSI-20 deslizava 0,35% com o Banco BPI a impedir perdas maiores.

O principal índice da bolsa nacional [psi20] cotava nos 7.401,72 pontos com quatro acções a subir, 12 a cair e quatro inalteradas.

A maioria das praças europeias desvalorizavam pressionadas pelas seguradoras, mas com as tecnológicas a impulsionar depois da SAP ter anunciado que aumentou em 15% os lucros do terceiro trimestre, impulsionados pelo aumento de clientes na Europa e nos Estados Unidos da América.

Segundo o operador da Título, Filipe Correia da Silva, «a bolsa continua fraca em termos de liquidez» e «os mercados estão a ser influenciados pelo petróleo e pela instabilidade da moeda», explicou o mesmo operador, acrescentando que «os mercados não vão recuperar a curto prazo» e que «há muita expectativa em torno das eleições presidenciais nos EUA».

A Portugal Telecom (PT) [PTC] era a empresa que mais pressionava o índice com uma desvalorização de 1,11% para 8,90 euros, e a PT Multimédia [PTM] recuava 0,54% para 18,30 euros. A Brisa [BRISA] recuava 0,90% para 6,60 euros.

O título que mais travava as perdas do índice era o Banco BPI [BPIN] com uma valorização de 0,33 % para 3,04 euros. Na restante banca, o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] perdia 0,07% para os 13,400 euros e o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] seguia inalterado nos 1,75 euros.

Os lucros do Banco Sabadell, detido em 3% pelo BCP e que controla 3,12% da entidade portuguesa, aumentaram 16% no terceiro trimestre depois da instituição bancária espanhola ter efectuado mais empréstimos para habitação e de ter comprado o Banco Atlántico.

A Jerónimo Martins [JMAR] era a segunda empresa que mais contribuía para travar a tendência do índice já que avançava 0,66% para os 9,16 euros.

As vendas da Ahold, retalhista holandesa que detém 49% da Jerónimo Martins Retalho, caíram 7,9% no terceiro trimestre com aumento da concorrência e devido às desvalorizações cambiais, que deterioram as receitas realizadas nos EUA.

A Gescartão [gct] também ganhava 1,38% para os 11 euros, mantendo o valor máximo histórico, ontem alcançado.

A SonaeCom [SCN] valorizava 0,30% para 3,32 euros, enquanto a Sonae SGPS [SON] seguia inalterada nos 4,46 euros e a Sonae Indústria [sona] perdia 0,89% para os 4,46 euros.

A Semapa [SEMA] seguia inalterada nos 4,20 euros. A Secil, cimenteira do grupo Semapa, vai começar a utilizar combustíveis renováveis para reduzir as emissões de carbono e diminuir a dependência dos combustíveis fósseis, cujo preço disparou no último ano cerca de 40%.

A Energias de Portugal (EDP) [EDP] seguia inalterada nos 2,34 euros depois da sua participada espanhola Hidrocantábrico ter revelado o valor da venda dos 35% que detinha na operadora Retecal.

O sector de «media» seguia misto com a Cofina [COFI] a perder 0,26% para 3,88 euros, depois de ontem ter atingido novo máximo desde Junho de 2000 nos 3,91 euros.

A Impresa [IPR] perdia 0,22% para 4,64 euros e a Media Capital [mcp] deslizava 0,38% para 5,29 euros.

No sector tecnológico, a Pararede [para] recuava 2,63%, para 0,37 euros, contrariando a restante indústria em termos europeus, que avançava nas praças internacionais.

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