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Bolsa portuguesa encerra em alta com oito empresas em máximos

A bolsa portuguesa voltou a liderar os ganhos das praças europeias, pela segunda sessão consecutiva, impulsionada pelo Banco Comercial Português e da Energias de Portugal. O PSI-20 subiu 1,28% no dia em que oito empresas do índice renovaram máximos, entre

23 de Maio de 2007 às 16:50
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A bolsa portuguesa voltou a liderar os ganhos das praças europeias, pela segunda sessão consecutiva, impulsionada pelo Banco Comercial Português e da Energias de Portugal. O PSI-20 subiu 1,28% no dia em que oito empresas do índice renovaram máximos, entre as quais a Galp Energia, que hoje valorizou mais de 4%.

O principal índice da bolsa nacional [psi20] negociou nos 12.843,69 pontos com 13 empresas a subir, seis a descer e uma inalterada. Na Europa o dia também foi de ganhos com as principais praças a registarem subidas.

A impulsionar a praça lisboeta estiveram as acções do Banco Comercial Português [bcp] e as da Energias de Portugal [edp], que hoje subiu 1,69% para os 4,22 euros com mais de 24 milhões de títulos transaccionados.

O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto ganhou 3,04% para os 3,39 euros, com mais de 41 milhões de acções negociadas. Em apenas três sessões o banco português ganhou mais de 7%.

O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto chegou a negociar nos 3,41 euros, o valor mais elevado desde Junho de 2002, a beneficiar das revisões em alta da Lisbon Borkers e da UBS. Ontem, a casa de investimento suíça subiu o "target" do banco em 29,8% para 3,70 euros por acção e a Lisbon Brokers aumentou o preço alvo dos títulos de 3,30 euros para os 3,50 euros por acção.

Na restante banca, o BPI [bpin] ganhou 1,07% para os 6,60 euros e o Banco Espírito Santo [besnn] recuou 0,23% para os 17,10 euros, apesar do JPMorgan ter revisto em alta o "target" do banco. O banco de investimento norte-americano reviu em alta o preço-alvo para o BES de 14,30 para os 17 euros com uma recomendação de "neutral".

As novas metas traçadas por Ricardo Salgado no Dia do Investidor foram incorporadas pela JP Morgan que diz ter subestimado a inversão na tendência dos lucros registada no ano passado.

Os analistas Ignacio Cerezo Olmos e Carla Antunes da Silva estimam que o banco tenha disponíveis cerca de 850 milhões de euros para efectuar aquisições.

Fora do PSI-20, o Banif perdeu 0,75% para os 6,65 euros, a corrigir da subida superior a 1% registada na sessão de ontem.

As acções da Galp Energia [galp pl] encerram a subir 4,09% para os 8,90 euros, o valor mais elevado desde a entrada em bolsa da petrolífera. O baixo "free float" da Galp e o interesse que o papel tem despertado, dada aproximação da data de pagamento de dividendos, são as causas apontadas para a subida dos títulos.

"É um papel que continua a despertar muita atenção [dos investidores] e como tem um baixo ‘free float’, sobe", afirmou um operador de mercado contactado pelo Jornal de Negócios.

A negociar em máximo histórico esteva também a Semapa [sema], a Portucel [ptcl] e a Cofina [cofi]. A empresa liderada por Paulo Fernandes chegou a negociar no valor mais de sempre, 2,07 euros, mas inverteu a tendência de subida e encerrou a perder 1,47% para os 2,01 euros. A Impresa [imp] perdeu 0,17% para os 5,72 euros mas ao longo da sessão tocou no máximo de Maio de 2005.

A Lisbon Brokers actualizou as suas estimativas de resultados e o modelo de avaliação da Impresa, o que resultou num aumento do preço-alvo em 9% para os 6,00 euros por acção. No entanto, a casa de investimento cortou a recomendação para a dona da SIC de "comprar" para "manter".

No sector da construção, a Semapa [sema], que renovou o máximo histórico nos 12,64 euros, subiu 0,48% para os 12,54 euros e a Mota-Engil [egl] perdeu 0,48% para os 6,42 euros, apesar do Millennium bcp subiu o "target" da construtora de 5,10 para 6,25 euros.

A Teixeira Duarte [txd], renovou o máximo histórico ao negociar nos 3,83 euros, e encerrou a ganhar 4,44% para os 3,76 euros. Fora do PSI-20, a Soares da Costa valorizou 6,13% para os 1,73 euros. A construtora negociou nos 1,75 euros, o valor mais alto desde Fevereiro de 1995.

De destacar ainda o desempenho da PTMultimédia [ptm], que negociou no máximo de Janeiro de 2001, 12,49 euros, ganhou 1,47% para os 12,45 euros.

Os títulos do Benfica [slben], que ontem se estrearam em bolsa, recuam 12,22% para os 3,88 euros. À entrada para o mercado de capitais, o Benfica apresentava um valor de mercado de 75 milhões pelo que, a queda na sessão de ontem e a desvalorização registada hoje já retiraram 11,5 milhões de euros ao "market cap" dos encarnados.

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