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Bolsa nacional conclui integração na Euronext no primeiro trimestre de 2004
A Euronext Lisbon, entidade que gere a Bolsa de valores nacional, vai completar a migração do mercado para todas as plataformas da Euronext NV, no primeiro trimestre de 2004, avançou Jean-François Theodore, presidente da bolsa pan-europeia.
Na conferência telefónica que o Negocios.pt acompanhou, o presidente executivo da Euronext NV, reiterou o calendário de integração das quatro bolsas europeias, destacando Outubro como o mês para a migração de Lisboa para o sistema de mercado a contado ou NSC (Nouveau Système de Cotation) e para o Clearing 21®, sistema de compensação que permite o cruzamento das posições transaccionadas na Bolsa.
Nos primeiros três meses do próximo ano, vai então proceder-se à migração dos sistemas de «clearing» relativo a produtos derivados, como opções e futuros para a plataforma da Euronext e, ainda nesse período, a Bolsa nacional vai conectar-se à Euronext.liffe, bolsa que negoceia futuros de Bruxelas, da LIFFE (Londres) e de Paris. A adesão da Bolsa de Amesterdão a esta plataforma de futuros vai ocorrer no terceiro trimestre de 2004, acrescentou a mesma fonte.
«Estamos a manter as datas definidas para a integração e dentro de pouco tempo teremos tudo concluído», adiantou Jean-François Theodore.
A plataforma de negociação da Euronext já é adoptada pelas bolsas de Bruxelas, Paris e Amesterdão, sendo que esta última vai aderir ao sistema de «clearing» relativo aos futuros, em «finais de Setembro».
Após a migração, os membros da Euronext Lisbon aderentes, terão acesso directo a todos os produtos a contado da Euronext.
A Euronext foi criada em Setembro de 2000 pela fusão dos mercados a contado e de derivados de Amsterdão, Bruxelas e Paris, com a antiga BVLP (Bolsa de Valores de Lisboa e Porto) a ser comprada em 2002, mudando então o nome para Euronext Lisbon.
Migração da Bolsa de Amesterdão custa 25,6 milhões de eurosA Bolsa pan-europeia decidiu aumentar a capacidade da plataforma de negociação de produtos derivados da Bolsa de Amesterdão em 4,6 milhões de euros para os 25,6 milhões de euros, para respeitar as especificidades da bolsa alemã.
As duas fases de migração que ainda faltam para a Bolsa alemã: aderir ao Clearing 21® e à Liffe; vão custar 30,5 milhões de euros no seu total.
Haverá uma poupança de custos de 13,5 milhões de euros até 2005, pelo que o investimento terá retorno em mais de três anos.
A adesão das Bolsas de Paris e de Bruxelas, em Março e Abril deste ano, abarcaram custos de 19,5 milhões de euros.
As acções da Euronext NV em Paris, cotavam nos 22,72 eutos, a cair 0,70%.