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BCE sobe juros na Zona Euro em mais 25 pontos e deixa futuro em aberto
A inflação continua acima da meta de 2% do banco central, o que justifica a decisão de voltar a aumentar os juros. Além desta decisão, o BCE comunicou que vai fixar a remuneração das reservas mínimas em 0%.
27 de Julho de 2023 às 13:17
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira subir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, em linha com o que já era esperado pelo mercado.
A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa assim para 4,25%, a aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez para 4,5% e à facilidade permanente de depósito para 3,75%.
Esta subida não foi uma surpresa, até porque após a última reunião de política monetária em junho, a presidente do BCE, Christine Lagarde, já tinha deixado claro que o banco central iria "subir juros em julho". "Não estamos a pensar em parar", acrescentou.
Olhando para o futuro, o BCE sublinha que as próximas decisões de política monetária "vão garantir que as taxas de juro diretoras serão colocadas em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário", para fazer regressar a inflação à meta dos 2%.
Para determinar "o nível e a duração" desta política monetária restritiva, "o conselho do BCE vai continuar a adotar uma abordagem dependente dos dados" económicos que vão sendo divulgados, acrescenta o banco central.
Assim, o BCE deixa a decisão de setembro em aberto, mas avisa que inflação subjacente – que dá conta da persistência de pressões inflacionistas nas economias - se mantém forte.
Reservas mínimas dos bancos no BCE com taxa de 0%
Além de subir os juros diretores, a autoridade monetária decidiu fixar a remuneração das reservas mínimas dos bancos em 0%. O banco central garante que esta medida vai "perservar a eficácia da política monetária", assegurando que as subidas dos juros se refletem nos mercados monetários.
Paralelamente, o BCE defende que esta decisão irá assegurar a "eficiência da política monetária, já que reduz o valor global de juros que tem de ser pago sobre as reservas".
As reservas mínimas obrigatórias - depositadas pelas instituições financeiras junto dos bancos centrais nacionais - deixam assim de ser remuneradas à taxa aplicável à facilidade permanente de depósito.
Relativamente aos programas de compra de dívida, tal como já tinha anunciado, a carteira do programa regular está atualmente a diminuir a um ritmo "comedido e previsível", uma vez que os reinvestimentos foram descontinuados.
No que diz respeito ao PEPP, o Conselho do BCE manteve a intenção de reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos ao abrigo do programa até, pelo menos, ao final de 2024. "De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada", acrescenta.
No que diz respeito o impacto na execução da política monetária dos reembolsos dos bancos dos montantes emprestados pelo BCE, no âmbito do programa de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (na sigla inglesa TLTRO), a autoridade monetária explica que vai "avaliar regularmente" este impacto.
Além disso, o BCE recorda que na sua caixa de ferramentas para combater "as dinâmicas injustificadas de mercado que representam uma ameaça à transmissão da política monetária", dispõe do Instrumento de Proteção da Transmissão (TPI), lançado o ano passado e que até hoje não foi utilizado por Lagarde.
(Notícia em atualização)
A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa assim para 4,25%, a aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez para 4,5% e à facilidade permanente de depósito para 3,75%.
Olhando para o futuro, o BCE sublinha que as próximas decisões de política monetária "vão garantir que as taxas de juro diretoras serão colocadas em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário", para fazer regressar a inflação à meta dos 2%.
Para determinar "o nível e a duração" desta política monetária restritiva, "o conselho do BCE vai continuar a adotar uma abordagem dependente dos dados" económicos que vão sendo divulgados, acrescenta o banco central.
Assim, o BCE deixa a decisão de setembro em aberto, mas avisa que inflação subjacente – que dá conta da persistência de pressões inflacionistas nas economias - se mantém forte.
"Os desenvolvimentos deste a última reunião apoiam a expectativa de que a inflação cairá mais ao longo do resto do ano, mas ficará acima da meta for um período prolongado", refere a nota da decisão desta quinta-feira.
Mas, "apesar de alguns indicadores darem sinal de alívio, a inflação subjacente permanece elevada em geral".
Em junho, a inflação subjacente da Zona Euro voltou a subir ligeiramente, aos 5,5%.
Reservas mínimas dos bancos no BCE com taxa de 0%
Além de subir os juros diretores, a autoridade monetária decidiu fixar a remuneração das reservas mínimas dos bancos em 0%. O banco central garante que esta medida vai "perservar a eficácia da política monetária", assegurando que as subidas dos juros se refletem nos mercados monetários.
Paralelamente, o BCE defende que esta decisão irá assegurar a "eficiência da política monetária, já que reduz o valor global de juros que tem de ser pago sobre as reservas".
As reservas mínimas obrigatórias - depositadas pelas instituições financeiras junto dos bancos centrais nacionais - deixam assim de ser remuneradas à taxa aplicável à facilidade permanente de depósito.
Relativamente aos programas de compra de dívida, tal como já tinha anunciado, a carteira do programa regular está atualmente a diminuir a um ritmo "comedido e previsível", uma vez que os reinvestimentos foram descontinuados.
No que diz respeito ao PEPP, o Conselho do BCE manteve a intenção de reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos ao abrigo do programa até, pelo menos, ao final de 2024. "De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada", acrescenta.
No que diz respeito o impacto na execução da política monetária dos reembolsos dos bancos dos montantes emprestados pelo BCE, no âmbito do programa de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (na sigla inglesa TLTRO), a autoridade monetária explica que vai "avaliar regularmente" este impacto.
Além disso, o BCE recorda que na sua caixa de ferramentas para combater "as dinâmicas injustificadas de mercado que representam uma ameaça à transmissão da política monetária", dispõe do Instrumento de Proteção da Transmissão (TPI), lançado o ano passado e que até hoje não foi utilizado por Lagarde.
(Notícia em atualização)