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Bancos "aplicaram critérios bastante mais restritivos" na concessão de crédito (act)

Os bancos nacionais praticaram "critérios bastante mais restritivos na aprovação de empréstimos", no último trimestre de 2007, revela o Banco de Portugal, "sobretudo" no nos créditos para aquisição de casa. Para o início deste ano, os bancos prevêem aumen

18 de Janeiro de 2008 às 13:17
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Os bancos nacionais praticaram "critérios bastante mais restritivos na aprovação de empréstimos", no último trimestre de 2007, "sobretudo" nos créditos para aquisição de casa, revela o Banco de Portugal. Para o início deste ano, os bancos prevêem aumentar ainda mais as restrições.

O Banco de Portugal (BdP) publicou o "Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito", onde os cincos grupos bancários inquiridos revelam que apertaram significativamente as condições para concederem empréstimos.

A crise de crédito de elevado risco, que se instalou nos mercados no último Verão, provocou perdas acentuadas no sistema financeiro mundial. Além de ter dado origem a carências de liquidez, os bancos tiveram dificuldades em se financiarem. Esta é uma das justificações para o aperto das restrições.

Espera-se que "estas perturbações continuem a condicionar a oferta de empréstimos nos primeiros três meses de 2008, em particular no crédito à habitação", revela o BdP no inquérito divulgado hoje.

"Os bancos reconheceram que têm enfrentado algumas dificuldades em obter financiamento nos mercados por grosso, em particular na emissão de títulos de dívida e na titularização de empréstimos. A maioria dos bancos inquiridos considera que a situação nos mercados financeiros internacionais deverá ter algum impacto na concessão de empréstimos e no custo de captação de fundos próprios do sistema bancário", adianta a mesma fonte.

Concessão de empréstimos para compra de casa restringida por todos os bancos

O BdP revela que o último trimestre do ano foi marcado por um aperto nas condições de concessão de crédito por parte dos cinco grupos inquiridos. "O aperto nos critérios de aprovação de empréstimos neste segmento foi bastante mais intenso e generalizado do que no trimestre anterior", adianta a mesma fonte.

Os bancos adiantam que a "diminuição das pressões exercidas pela concorrência de outras instituições bancárias também deverão ter contribuído para uma maior restritividade na concessão de crédito à habitação".

Além das restrições terem aumentado, verificou-se ainda um acréscimo de exigência de garantias.

A procura de crédito diminuiu, uma evolução que é justificada pelos bancos pela "redução das necessidades de financiamento de operações de fusão e aquisição e de reestruturações empresariais", no que respeita às empresas.

No caso dos particulares, a procura "deverá ter sido condicionada por uma deterioração da confiança dos consumidores e das perspectivas para o mercado de habitação, por um aumento das despesas de consumo não relacionadas com a aquisição de habitação e pela subida das taxas de juro".

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