Notícia
Banco Central da China com novo governador, à boleia de reformas económicas
Pan Gongsheng tem uma longa carreira na banca e a sua experiência com reservas cambiais é vista como valiosa para estabilizar o yuan.
É mais uma peça na esperada revitalização da economia chinesa, pós-pandemia. Esta terça-feira, Pequim nomeou um novo governador do seu banco central: Pan Gongsheng, de 60 anos, junta a nova função à de secretário do Partido Comunista no Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês), para a qual tinha sido nomeado no início do mês.
É a primeira vez em cinco anos que a mesma pessoa ocupa estes dois cargos. Pan substitui, assim, Yi Gang que, aos 65 anos, atingiu a idade da reforma.
O novo governador não é estranho ao PBOC - desde 2012 que trabalha no banco central, chegando a ocupar o cargo de vice-governador, e desde 2016 que liderava o órgão que gere as reservas cambiais do país, equivalentes a 3 biliões de dólares. Antes disso destacou-se na banca, ocupando posições no Banco Comercial da China e no Banco Agrícola da China.
Ao contrário do que se passa nos Estados Unidos e na Europa, o banco central chinês não funciona de forma independente - responde ao Conselho de Estado, liderado pelo primeiro-ministro, e carece de aprovação antes de qualquer decisão de maior envergadura, como a definição de taxas de juro ou questões de câmbio.
Ainda assim, a experiência de Pan com reservas cambiais é considerada uma mais-valia, numa altura em que a China deseja estabilizar o yuan, em queda de 4% contra o dólar este ano.
Esta nomeação surge numa altura delicada para a economia chinesa, com o setor imobiliário ainda a afundar. Pan faz parte de um conjunto de novos nomes ligados à supervisão do segundo maior mercado de capitais do mundo - esperam-se também novas medidas regulatórias, a serem reveladas numa conferência nacional de finanças, que acontece duas vezes por década e deverá realizar-se este ano.
É a primeira vez em cinco anos que a mesma pessoa ocupa estes dois cargos. Pan substitui, assim, Yi Gang que, aos 65 anos, atingiu a idade da reforma.
Ao contrário do que se passa nos Estados Unidos e na Europa, o banco central chinês não funciona de forma independente - responde ao Conselho de Estado, liderado pelo primeiro-ministro, e carece de aprovação antes de qualquer decisão de maior envergadura, como a definição de taxas de juro ou questões de câmbio.
Ainda assim, a experiência de Pan com reservas cambiais é considerada uma mais-valia, numa altura em que a China deseja estabilizar o yuan, em queda de 4% contra o dólar este ano.
Esta nomeação surge numa altura delicada para a economia chinesa, com o setor imobiliário ainda a afundar. Pan faz parte de um conjunto de novos nomes ligados à supervisão do segundo maior mercado de capitais do mundo - esperam-se também novas medidas regulatórias, a serem reveladas numa conferência nacional de finanças, que acontece duas vezes por década e deverá realizar-se este ano.