Notícia
Banca sobe juros do crédito pela primeira vez em 15 meses
Quem solicitou à banca um novo empréstimo para a compra de casa em Fevereiro foi confrontado com a primeira subida dos juros cobrados desde Novembro de 2008, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Banco de Portugal. Em média, os juros cobrados nas novas operações de crédito à habitação foi de 2,2%, acima dos 2,17% praticados no arranque do ano.
22 de Abril de 2010 às 12:31
Quem solicitou à banca um novo empréstimo para a compra de casa em Fevereiro foi confrontado com a primeira subida dos juros cobrados desde Novembro de 2008, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Banco de Portugal. Em média, os juros cobrados nas novas operações de crédito à habitação foi de 2,2%, acima dos 2,17% praticados no arranque do ano.
Não se observava um aumento dos juros cobrados nos novos créditos à habitação desde o período que se seguiu à queda do banco norte-americano Lehman Brothers, em que os receios de novas falências no sistema financeiro mundial praticamente paralisaram o mercado interbancário, ditando uma forte escalada das taxas Euribor.
A situação agora é bem distinta. Dos recordes consecutivos registados após a queda do Lehman, as taxas Euribor passaram nos últimos meses a bater renovados mínimos históricos. O que justifica então a subida dos juros cobrados? O facto de a banca ter iniciado em Fevereiro um aumento dos "spreads" aplicados aos no vos créditos concedidos.
O primeiro a fazê-lo foi o BPI, aumentando o "spread" mínimo para 1%. Mas aos poucos foi seguido pela generalidade das instituições financeiras, que justificaram a subida das margens de lucro com o facto de a tensão em relação à situação da Grécia ter contagiado Portugal e elevado os custos de financiamento dos bancos.
A tendência de subida não se limitou ao crédito à habitação. Nos empréstimos ao consumo também se registou um aumento em Fevereiro, para os 8,21%, em média, o que corresponde a uma taxa anual efectiva bruta (TAEG) de 10,26%. Mas neste caso, trata-se do primeiro aumento de custos desde Setembro de 2009.
Não se observava um aumento dos juros cobrados nos novos créditos à habitação desde o período que se seguiu à queda do banco norte-americano Lehman Brothers, em que os receios de novas falências no sistema financeiro mundial praticamente paralisaram o mercado interbancário, ditando uma forte escalada das taxas Euribor.
O primeiro a fazê-lo foi o BPI, aumentando o "spread" mínimo para 1%. Mas aos poucos foi seguido pela generalidade das instituições financeiras, que justificaram a subida das margens de lucro com o facto de a tensão em relação à situação da Grécia ter contagiado Portugal e elevado os custos de financiamento dos bancos.
A tendência de subida não se limitou ao crédito à habitação. Nos empréstimos ao consumo também se registou um aumento em Fevereiro, para os 8,21%, em média, o que corresponde a uma taxa anual efectiva bruta (TAEG) de 10,26%. Mas neste caso, trata-se do primeiro aumento de custos desde Setembro de 2009.