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Banca grega desliza em bolsa com moção de confiança a Tsipras à vista
Em discordância quanto à questão da Macedónia, um dos partidos que compunha a coligação que apoia o Governo grego quebrou o elo com o Syriza, chefiado por Tsipras. A tensão política faz-se sentir nos mercados acionistas mas não nos de dívida.
Os bancos gregos estão a ceder em bolsa numa altura em que o líder do Governo grego, Alex Tsipras, convocou uma moção de confiança, face à desistência de um dos partidos com o qual formava uma coligação que apoia o seu governo.
O índice que reúne os bancos gregos, o Athex Composite Index, já registou uma perda de 3,3%. O Eurobank Ergasias desliza 2,4% e o Alpha Bank cede 2,1%.
Paralelamente, os preços das obrigações gregas a dez anos estão inalterados, com a "yield" das obrigações a 10 anos estável nos 4,3%.
O nervosismo político chegou com a discordância de um dos partidos que fazia parte da coligação governativa chefiada por Tsipras, os Gregos Independentes (Anel), na questão da designação da Macedónia. Panos Kammenos, o líder do Anel e ministro da defesa grego, demitiu-se do cargo em oposição à decisão do Governo de nomear a Macedónia "República da Macedónia do Norte", o que abre caminho para que este país integre a Nato e à União Europeia.
Até agora, os gregos declaravam-se opositores quanto à alteração da designação da Macedónia, pela desconfiança de que a mudança de nome implique ambições deste país vizinho quanto à região do norte da Grécia com o mesmo nome.
Os recentes eventos políticos aumentam a probabilidade de eleições antecipadas. Na Grécia é tempo de campanha política, com o aproximar das eleições de setembro. As sondagens apontam uma preferência atual dos eleitores pelo partido da oposição, o Nova Democracia. Se a moção de confiança for chumbada, Grécia parte para eleições antecipadas.