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Ásia e futuros dos EUA em queda, num dia de descanso para a Europa

Com os mercados europeus encerrados, por causa da Páscoa, a negociação continuou no continente asiático e vai seguir o seu curso normal, mais logo, nos Estados Unidos. O petróleo segue a negociar de forma mista após acordo histórico da OPEP+.

Reuters
13 de Abril de 2020 às 09:19
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Apesar de os mercados europeus estarem encerrados devido à Páscoa, a vida continua lá fora. Os mercados asiáticos perderam força durante a noite e os futuros dos Estados Unidos seguem essa tendência, numa semana em que se destaca o início de uma nova época de resultados, que será marcada por muita incerteza devido ao impacto do coronavírus.

No Japão, o Nikkei desvalorizou 2,33% durante a noite e o mesmo aconteceu com o principal índice da Coreia do Sul (-1,7%) e com o índice de Xangai, na China (-0,6%). Se nenhum acontecimento alterar o sentimento nos mercados, Wall Street deverá tomar o mesmo rumo, uma vez que os futuros do S&P 500 estão a cair 1,55%. Na semana passada, o índice norte-americano atingiu a sua melhor semana desde 1974, ao valorizar 12,1%. 

Com a nova ronda de resultados à porta, os investidores seguem hoje de pé atrás, a aguardar pela confirmação do impacto negativo do coronavírus nos números das empresas. Mas, mais do que perceber como foram os primeiros três meses do ano, importa a quem investe tentar perceber qual será a previsão das empresas para o seu desempenho nos meses seguintes. 

Esta semana, os maiores bancos e empresas do sistema financeiro nos Estados Unidos vão dar o pontapé de saída nesta temporada de resultados, com o JPMorgan, o Citigroup, o Bank of America, o Goldman Sachs e o Wells Fargo a chegarem-se à frente. 

"Os grandes bancos vão dar início à temporada de resultados nesta semana e todos estão a preparar-se para alguns resultados feios", disse Edward Moya, analista de mercado da Oanda, numa nota divulgada pelo Market Watch. 

O número de casos de infetados pela covid-19 superou a barreira dos 1,8 milhões em todo o mundo, sendo que desses 1,3 milhões estão ativos. Contam-se até ao momento 114.293 mortes provocadas pelo coronavírus e 428.082 casos recuperados a nível global. O país com mais casos reportados continua a ser os Estados Unidos (560.433), seguido de Espanha (166.831) e Itália (156.363), de acordo com o site worldometers.

Petróleo dispara após acordo OPEP+, mas anula quase todos os ganhos
Depois de uma forte reação ao acordo anunciado ontem pela OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) e pelos restantes produtores de petróleo em todo o mundo, os preços do petróleo foram perdendo força. 

Por esta altura, o londrino Brent avança 0,29% para os 31,58 dólares por barril. Ontem, depois do entendimento entre o cartel petrolífero, a matéria-prima chegou a disparar 8%, mas apenas por breves instantes, dado que caiu 0,20% passados 15 minutos. Para já, o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) ganha 1,54% para os 23,11 dólares. 

A OPEP+, que conta com os 13 membros do cartel e 10 países parceiros, irá reduzir a sua produção em 9,7 milhões de barris por dia – volume inferior aos 10 milhões acordados inicialmente. conseguiram selar um acordo neste domingo, 12 de abril. 

Desde quinta-feira que este acordo estava a ser negociado. Nesse dia foi acordado um corte de 10 milhões de barris por dia para vigorar em maio e junho, mas o México não concordou com a quota de produção que lhe foi destinada e o entendimento esteve "por um fio" (tal como sucedeu em março, mas dessa vez à conta do finca-pé da Rússia).

Euro e libra ganham terreno ao dólar. Ouro e juros do Tesouro dos EUA caem
Após o acordo divulgado pela OPEP+, o dólar perdeu alguma força para as divisas europeias libra e euro, uma vez que a moeda norte-americana tem correlação com a matéria-prima. 

O euro vai então apreciando 0,21%, alargando o ciclo de ganhos frente ao dólar para três sessões, ao passo que a libra sobe 0,58% frente à divisa norte-americana. 

A cair está o ouro, que perde 0,34% para os 1.690,65 dólares. Os juros a dez anos do Tesouro dos Estados Unidos assumem também uma tendência de queda, ao perderem 0,8 pontos base para os 0,711%. 

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