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Abertura dos mercados: Banco do Japão mantém estímulos e anima bolsas asiáticas
As recentes decisões dos bancos centrais de todo o mundo de manterem os estímulos à economia estão a animar o mercado. As bolsas asiáticas encerraram com fortes ganhos e o petróleo segue em alta nos mercados internacionais.
Os principais índices japoneses registaram as maiores subidas das últimas seis semanas, depois de a Reserva Federal norte-americana ter garantido que será "paciente" em relação ao ‘timing’ da subida dos juros, e de o banco central do Japão ter mantido os estímulos à economia.
O Topix avançou 2,42% para 1.409,61 pontos enquanto o Nikkei subiu 2,39% para 17.621,40 pontos.
Esta quarta-feira, 17 de Dezembro, a presidente da Fed, Janet Yellen, garantiu que a instituição será "paciente" em relação ao ‘timing’ da subida dos juros. "O Comité acredita que pode ser paciente quanto ao início da normalização da política monetária", revelam os responsáveis no comunicado emitido. Ainda assim, a Fed salienta que vê esta postura como compatível com a ideia de que as taxas de juro devem continuar baixas "por um período de tempo considerável".
Na quinta-feira, foi a vez de o banco central da Suíça anunciar a introdução de taxas de depósito negativas pela primeira vez desde a década de 1970 e, hoje, o Banco do Japão decidiu manter a actual política de estímulos no país.
No mercado das matérias-primas, o petróleo segue em alta, depois de o ministro do Petróleo da Arábia Saudita ter assegurado, ontem, que os mercados globais de petróleo estão a passar por uma instabilidade "temporária", provocada pelo abrandamento da economia global.
Em declarações à agência noticiosa estatal, Al-Naimi reiterou a intenção do seu país – que é o maior produtor da OPEP - de manter a produção, independentemente da queda dos preços.
"Numa situação destas é difícil, se não mesmo impossível, que a Arábia Saudita ou a OPEP façam alguma coisa que possa resultar numa redução da sua quota ou no aumento da quota de outros", garantiu o ministro, citado pela Bloomberg.
E acrescentou: "Sou optimista por natureza e sei que o que está a afectar actualmente o petróleo é um problema temporário, provocado por uma combinação de factores".
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque sobe 1,03% para 54,67 dólares enquanto o Brent, negociado em Londres e que serve de referência às importações europeias avança 0,51% para 59,57 dólares.