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A semana nos mercados em oito gráficos: Em semana negra nas bolsas os investidores procuraram refúgio no iene
Foi uma semana de quedas fortes para as acções, petróleo e euro. Os investidores refugiaram-se na moeda japonesa e na dívida alemã. Veja o resumo da semana nos mercados em oito gráficos.
Quedas fortes em todas as bolsas
Pela segunda semana consecutiva, as bolsas registaram quedas acentuadas. Desta vez foi Wall Street a sofrer a descida mais acentuada, depois do forte impacto da segunda-feira negra em que o S&P500 sofreu a queda mais violenta desde 2011. Nas bolsas europeias a queda de 5% do Stoxx 600 foi a mais acentuada desde Janeiro de 2016, com os investidores a fugirem as acções perante os receios de agravamento rápido das taxas de juro a nível global devido à alta da inflação.
PSI-20 volta a cair mais de 4%
Pela segunda semana consecutiva, o índice da bolsa portuguesa fechou a recuar mais de 4%, acumulando já uma queda de 1,55% desde o início do ano, o que contrasta com o ganho superior a 7% que registou quando atingiu os máximos em Janeiro.
Navigator afunda em semana de resultados
A Navigator deu o pontapé de saída na apresentação de resultados das cotadas do PSI-20 e até anunciou lucros ligeiramente acima das estimativas do CaixaBI. Contudo, na bolsa foi uma semana negativa para a cotada liderada por Diogo da Silveira, que afundou 7,5%. Só a Mota-Engil e a Nos afundaram mais, numa semana em que apenas três cotadas do PSI-20 escaparam ilesas À turbulência das bolsas.
Farmacêutica finlandesa lidera quedas
Com uma queda de 17% na semana em que o Stoxx600 afundou mais de 5%, a Orion foi a cotada deste índice europeu com pior desempenho. A farmacêutica finlandesa foi penalizada pelas perspectivas abaixo do esperado que anunciou ao mercado. No lado dos ganhos esteve a britânica Capita, que recuperou mais de 20% depois de ter perdido mais de metade do valor nas cinco sessões anteriores.
Expedia penalizada por resultados
A liderar as quedas do S&P500 na semana também esteve uma cotada que apresentou resultados. A Expedia apresentou lucros abaixo do esperado, levando a agência de viagens online a afundar perto de 20%. No lado oposto esteve uma cotada do mesmo sector, com a TripAdvisor a disparar mias de 10% devido aos rumores de que será alvo de uma aquisição.
Iene é o refúgio de eleição
Em momentos de turbulência os investidores procuram sempre refúgio num reduzido número de activos. O eleito está a ser a moeda japonesa, com o iene a ganhar face ao dólar e a disparar mais de 3% face à moeda europeia. Depois de um arranque de ano positivo, o euro perdeu quase 2% face ao dólar, naquela que foi a pior semana desde Novembro de 2016.
Semana negra para o petróleo
Foi uma semana negativa para a generalidade das matérias-primas e nem o ouro (que é visto com um activo de refúgio) escapou aos receios de que as “commodities” também sejam penalizadas pela política monetária mais agressiva por parte dos bancos centrais. O petróleo foi o mais penalizado, depois de ter sido anunciado que a produção nos Estados Unidos atingiu um novo recorde acima dos 10 milhões de barris por dia. O WTI em Nova Iorque já está abaixo dos 60 dólares e o Brent em Londres atingiu um mínimo do ano.
Obrigações portuguesas descolam
Foi uma semana de agravamento do prémio de risco da dívida portuguesa, com a “yield” das obrigações do Tesouro a 10 anos a aumentar 8 pontos base para máximos de 3 de Janeiro, enquanto os juros alemães baixaram ligeiramente, beneficiando com o estatuto de refúgio das bunds.