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A semana em oito gráficos: Wall Street e petróleo brilham à boleia de Powell e furacão
Wall Street viveu mais uma semana com máximos históricos no S&P 500 e no Nasdaq Composite, enquanto nas “commodities” o petróleo escalou 11% impulsionado pelo furacão no Golfo do México, que reduziu a oferta numa altura em que há receios de quebra na procura devido à covid. Os mercados estiveram centrados no discurso de Jerome Powell em Jackson Hole com o presidente da Fed a admitir que a retirada dos estímulos poderá avançar ainda este ano.
S&P 500 renova máximos históricos
A semana mudou, mas o desfecho foi semelhante para o S&P 500 que conseguiu renovar máximos históricos, novamente, sempre à espera do discurso de Jerome Powell, líder da Fed, em Jackson Hole. A praça lisboeta contrariou a tendência geral, com uma queda de 0,2%.
PSI-20 toca máximos antes de cair
A bolsa portuguesa iniciou a semana com dois máximos consecutivos dos últimos 18 meses mas acabou por perder força e acabou com um saldo semanal negativo. Os pesos pesados EDPR, EDP e Jerónimo Martins pressionaram o índice com correções após os ganhos.
Semana sorriu ao BCP
As ações do BCP tiveram uma subida de mais de 5% esta semana, com várias notas de analistas a reforçarem ou a subirem o preço-alvo atribuído aos títulos do banco. Por contraste, foi uma semana negativa para as “utilities” com o grupo EDP a perder mais de 4%.
Sueca AddLife brilha com lucros
A AddLife, empresa sueca de cuidados de saúde, liderou os ganhos no índice pan-europeu após apresentar resultados semestrais que superaram as estimativas. Grande parte dos ganhos foram alcançados logo na primeira sessão da semana, quando disparou mais de 9%.
Casinos com jackpot na bolsa
O setor do jogo destacou-se no S&P 500 com três das cinco maiores subidas na semana a pertencerem a cotadas que exploram casinos. A Penn National Gaming e a Caesars Entertainment ganharam mais de 20%, enquanto o Las Vegas Sands somou 17%. Tudo após um julho com receitas recorde no Nevada.
Dólar perde força com Fed a pesar
A nota verde cedeu terreno perante as principais divisas internacionais, com a antecipação do discurso do presidente da Reserva Federal em Jackson Hole. Jerome Powell acabou por abrir a porta ao início da redução dos estímulos ainda este ano, o que pressionou ainda mais o dólar.
Brent sobe mais de 11% com furacão
O furacão que passou pelo Golfo do México foi responsável por encerrar grande parte da produção de petróleo na região, o que originou um aumento de preços do barril. O Brent, que serve de referência para Portugal, subiu mais de 11%. A semana foi positiva também para ouro e prata.
Juros da Zona Euro disparam antes de Fed
Em Portugal, a “yield” a dez anos registou um aumento semanal de quase de 7 pontos base, o que representa a maior subida desde meados de junho deste ano. No resto da Europa, o sentimento foi idêntico, com a intenção de retirada de estímulos por parte da Fed a fazer subir os juros de dívida.
28 de Agosto de 2021 às 09:30