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A semana em oito gráficos: Stoxx 600 tem maior série de ganhos desde 2018
O Stoxx 600 subiu durante oito semanas consecutivas. Por cá, a escalada da Galp - que fechou a semana em máximos de quatro anos - não foi capaz de segurar o PSI em terreno positivo. No mercado das matérias-primas, o petróleo valorizou à boleia do "outlook" positivo da AIE.
Stoxx 600 com melhor série desde 2018
O índice de referência europeu Stoxx 600 percorreu oito semanas consecutivas de ganhos, contabilizando a maior série no verde desde 2018. Entre as principais praças europeias, só o PSI encerrou em terreno negativo. Já do outro lado do Atlântico, o S&P 500 encerrou no vermelho.
PSI cai há três semanas consecutivas
A principal montra da bolsa de Lisboa, o PSI, encerrou a terceira semana consecutiva de perdas, com uma queda de 0,4%. Entre as 16 cotadas que compõem o principal índice nacional, sete fecharam no verde, oito em terreno negativo e uma permaneceu inalterada.
Galp fecha em máximos de quatro anos
A Galp encerrou a sessão de sexta-feira em máximos de janeiro de 2020, depois de na quinta-feira ter anunciado que voltou a encontrar petróleo na Namíbia. Do lado dos ganhos, também a Sonae se destacou, depois de a retalhista ter reportado um crescimento homólogo de 6,4% para 357 milhões de euros. Já a Jerónimo Martins foi das cotadas que mais caíram, num período em que o HSBC cortou o "target" da dona do Pingo Doce e alertou para uma "combinação de fatores adversos".
Ações da Inditex batem recorde
As ações da Inditex renovaram máximos históricos esta sexta-feira, ao tocar nos 45,65 dólares durante a sessão, tendo entretanto aliviado e fechado as negociações nos 45,08 euros. A cotada, que foi fundada por Amancio Ortega, reportou o maior lucro anual de sempre: 5.381 milhões de euros (mais 30% do que ano anterior). Além disso, a dona da Zara também comunicou que pretende aumentar o dividendo distribuído aos acionistas em 28% para 1,54 euros por ação (também o mais elevado de sempre), o que animou os investidores.
“Guidance” e contas pressionam Jabil
A Jabil liderou as perdas do S&P 500, ao ter tombado quase 19%. Os números das vendas da tecnológica especializada em produtos eletrónicos no segundo trimestre fiscal ficaram abaixo do esperado. Além disso, também o “guidance” para o trimestre em curso desiludiu os investidores.
Inflação arrefece otimismo sobre cortes de juros e aquece o dólar
O dólar ganhou força contra várias divisas, num período em que foram conhecidos os números da inflação nos EUA em fevereiro. A evolução anual do índice de preços no consumidor (IPC) subiu para 3,2% em fevereiro (de 3,1% em janeiro), arrefecendo as expectativas sobre os potenciais cortes de juros diretores este ano. A Reserva Federal (Fed) norte-americana reúne-se nos próximos dias 19 e 20 de março. O mercado dá como praticamente certo (99%) que a Fed mantenha os juros diretores inalterados em terreno restritivo, contra uma probabilidade de apenas 1% de uma redução da taxa dos fundos federais em 25 pontos base.
Agência Internacional de Energia troca as voltas ao investidores
O petróleo escalou mais de 3% esta semana, tendo o Brent chegado a cotar-se em máximos de quatro meses, nos 85,73 dólares por barril. As reservas de petróleo nos EUA caíram pela primeira vez desde janeiro. Além disso, o crude foi impulsionado pelo relatório da Agência Internacional de Energia, que passou de um “outlook” pessimista – que perspetivava um excedente de petróleo este ano - para um mais otimista, onde mira a um défice de barris em 2024.
Juros agravam-se na Zona Euro e nos EUA
Os juros das dívidas soberanas a 10 anos agravaram-se na Zona Euro, seguindo a tendência da “yield” norte-americana, depois de os números da inflação terem acautelado o otimismo dos investidores sobre potenciais cortes de juros e numa altura em que o mercado se prepara para a reunião da Fed da próxima semana.