Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta quarta-feira os investidores vão continuar atentos aos desenvolvimentos do coronavírus e ao braço-de-ferro no petróleo entre Riade e Moscovo. Por cá, a Galp, Cofina e Sonaecom deverão estar a refletir as notícias divulgadas ontem já depois do fecho da bolsa. E temos também o IGCP a regressar ao mercado com duas emissões de longo prazo.
11 de Março de 2020 às 07:30
Galp prepara venda, Cofina não compra TVI e Sonaecom reage às contas
A Cofina, por seu lado, informou esta madrugada que o número de ações subscritas não atinge o total de ações objeto da oferta pública, pelo que a compra da Media Capital já não se concretiza.
A Galp Energia vai arrancar com o seu plano de rotação de ativos. Segundo a Bloomberg, a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva está já a trabalhar, com o Bank of America, no processo de venda da unidade de infraestruturas reguladas de distribuição de gás, num negócio que pode avaliar esta empresa em 1,5 mil milhões de euros. Este desinvestimento, de acordo com a agência noticiosa, estará inserido no plano de rotação de ativos da petrolífera portuguesa, que está a apostar forte nas energias renováveis.
Também a Sonaecom estará hoje no radar, a reagir às contas de 2019 reportadas ontem já depois do fecho da bolsa nacional. A empresa baixou os lucros em 24,6% e reduziu o dividendo para 8,3 cêntimos. As mais-valias obtidas com a venda da Wedo e da Saphety foram inferiores às conseguidas com a Outsystems.
IGCP emite dívida de longo prazo
O IGCP - Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública emite dívida portuguesa a 5 e a 10 anos esta quarta-feira, tendo como objetivo angariar até 1.250 milhões de euros. Esta emissão ocorrerá na terceira semana de turbulência nos mercados, com elevada volatilidade.
Segundo comunicado divulgado na semana passada, a agência que gere a dívida pública disse que "o IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 11 de março pelas 10h30 horas dois leilões das Obrigações do Tesouro (OT) com maturidade em 15 de outubro de 2025 e 18 de outubro de 2030, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões".
Mais um dia de nervos nos mercados
Os efeitos do coronavírus na economia, numa altura em que a Arábia Saudita desencadeou uma crise do petróleo para tentar forçar a Rússia a cortar a sua produção, continuaram ontem a centrar as atenções nos investidores.
A volatilidade está ao rubro, e muitos ativos que estão a subir rapidamente invertem para as quedas, e vice-versa.
Reino Unido apresenta Orçamento
O responsável pela pasta das Finanças britânico, Rishi Sunak, vai apresentar o Orçamento do Estado para 2020. Sunak substituiu Sajid Javid, que protagonizou em fevereiro uma demissão surpresa. O seu sucessor deve, agora, propor um orçamento diferente do que se esperaria de Sajid Javid.
"O novo ministro vai querer deixar a sua marca no Orçamento, o que nos leva a pensar que terá uma natureza bastante mais expansionista", referiu à Dow Jones, em fevereiro, David Zahn, diretor de ativos de rendimento fixo europeus da Franklin Templeton. Assim, acredita-se que o Orçamento trará maiores gastos, mas espera-se também que haja um sinal de medidas para conter os impactos do novo coronavírus.
Dados económicos, inventários de crude e primárias em destaque
Os Estados Unidos apresentam esta quarta-feira os números relativos à inflação de fevereiro. Além disso, a Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulga os dados relativos aos inventários de crude do país na semana passada, bem como os stocks de destilados e gasolina. Hoje também nos EUA há grande atenção centrada nos resultados das primárias dos Democratas realizadas na terça-feira em seis estados.
Na Europa, o destaque vai para o Reino Unido, que divulga os dados do PIB em janeiro, último mês em que o país fez parte da União Europeia. Os britânicos darão também a conhecer os valores da produção industrial e da balança comercial de janeiro.
